Agiu corretamente a Prefeitura ao interditar, por tempo indeterminado, o Parque da Lajinha, em decorrência dos riscos de propagação da febre amarela. A morte de macacos foi o sinal de alerta que faltava numa área de grande frequência. Mas é necessário destacar que os animais também são vítimas, em vez de propagadores, da infestação provocada pelo Aedes aegypti e outros agentes silvestres. Nas primeiras investigações, Juiz de Fora já registrou a morte de 38, mas somente um caso foi positivo. Os demais foram vitimados por outras causas.
De acordo com as autoridades da saúde, há casos de animais envenenados e outros com traumas próprios de agressão, o que aponta para um outro problema: a ignorância. Os responsáveis por tal violência estão desconectados da informação, agindo por conta própria como se tal gesto resolvesse o problema. Ao contrário, em vez disso, apontam para um lado insano, que não mede consequências, e ainda cortam uma etapa da propagação da febre. A morte de macacos é indicativa de infestação. Sem esse alerta, a população desconhece os pontos de risco.
A febre amarela é mais uma dessas endemias que já deveriam ter sido extintas ante o avanço das vacinas, mas, como tantas outras, está de volta, o que exige das autoridades medidas profiláticas e, sobretudo, de informação. A imunização, já em curso nos vários postos, é uma questão importante, que deve ser seguida de campanhas de esclarecimento, sobretudo para esses incautos, que, com base numa falsa boa intenção, acabam praticando atos de violência contra alvos que, em vez de propagadores, também são contaminados pelos mosquitos.