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Todos conscientes

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As novas regras do Minas Consciente, que devem ser conhecidas nesta quarta-feira, são importantes para a retomada das atividades de vários setores, mas carecem de um dado fundamental para irem adiante: o envolvimento coletivo na sua aplicação. Não basta Estado e Prefeitura estabelecerem protocolos se eles não forem cumpridos pelas partes diretamente interessadas. Ontem, em debate na Rádio CBN Juiz de Fora, diversas lideranças deram esse alerta e se comprometeram a fazer a sua parte. Os bares, por exemplo, que já viveram uma experiência crítica, quando tiveram que regredir na flexibilização, deverão receber protocolos das próprias entidades representativas. O recuo anterior foi exatamente por alguns poucos não terem cumprido as regras, penalizando os demais. Agora, de posse de instruções, não há motivo para utilizar o velho “eu não sabia”.

Tal dado vale para todos os segmentos, como o comércio, cuja entidade representativa (CDL), e não é de hoje, vem alertando para os cuidados que devem ser tomados. Os estabelecimentos terão que respeitar distanciamentos e possuir álcool gel à disposição dos usuários e dos colaboradores.

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Tudo isso, porém, só dará certo se a outra parte da questão funcionar. A população, que, certamente, num primeiro momento deverá ir às ruas em massa, especialmente aos bares e aos restaurantes, deve entender que deverá cumprir as mesmas regras, sem recorrer ao velho jeitinho, que pode ser crítico para a coletividade. Se um estabelecimento está no limite técnico de lotação, não faz sentido pedir espaço para mais um, pois isso é o que menos se espera num tempo em que todos estão sob risco de contaminação.

A reabertura dos serviços é uma ação necessária para reaquecimento da economia, para salvar empresas e empregos, mas não se trata de uma volta à normalidade. Enquanto a vacina não estiver disponível, os protocolos continuarão sendo a pedra de toque para garantir a saúde coletiva. O que se vê, e não só aqui, mas pelo mundo afora, é a confusão entre flexibilização e “liberou geral”, o que não é fato. As internações e as mortes continuarão fazendo parte da rotina do mundo, e sua retração só será possível, antes da vacina, com esforço coletivo.

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Em situações como essa, as lideranças também devem ter ações assertivas, sobretudo evitando a politização de um evento sanitário. Em período eleitoral, não faltarão discursos de salvadores da pátria ou de críticos sem causa, que usarão os espaços apenas para ganhar respaldo do eleitor. Certamente, correm o risco de efeito contrário. As ruas vivem de perto a pandemia e, certamente, saberão discernir entre os que, de fato, estão lutando pelo interesse coletivo e aqueles que só jogam para a arquibancada em busca de benefício próprio.

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