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Notícia falsa

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Território pelo qual passaram as principais informações sobre a paralisação dos caminhoneiros e ferramenta fundamental para o sucesso da empreitada, o WhatsApp tornou-se campo minado para os usuários na medida em que também se transformou em via de postagem das chamadas fake news. O velho trote ou a mentira ingênua tornam-se uma mercadoria elaborada por profissionais que fazem da informação falsa um investimento não só capaz de desconstruir pessoas, mas também para desestabilizar governos e ter participação ativa no resultado das eleições.
Na semana passada, quando o movimento estava no fim, uma nota curta foi amplificada pelo seu conteúdo: os caminhoneiros iriam parar de novo na segunda-feira, dia 4, por não estarem satisfeitos com o acordo firmado com o Governo. Foi motivo suficiente para uma nova corrida aos postos e até estocagem de combustível. Era falsa, mas o medo forçou o seu compartilhamento.
O repasse da informação sem a devida apuração ou verificação em sites formais, especialmente os dos meios de comunicação, tem sido o caminho para o caos, pois facilita o trabalho dos produtores de informações falsas. O fenômeno, que extrapola fronteiras, só será enfrentado com campanhas de esclarecimento. A população precisa ter uma visão cartesiana sobre as postagens, para, só assim, deixar de ser refém desse flagelo que leva a todo tipo de atitude.
O país tem pela frente uma campanha eleitoral em que serão escolhidos do presidente da República a deputados estaduais. Os pleitos são o momento adequado para as notícias falsas, já que, no embate, além das urnas, desconstruir o adversário tornou-se uma rotina. Com as redes sociais, esse trabalho é mais intenso, obrigando a cidadania a ficar atenta. Até mesmo com boas intenções, ela pode ser, com o compartilhamento, a fonte de propagação de fatos que passam diariamente pela rede mundial.

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