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Primeiros ajustes

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Novembro, costumeiramente mês de preparação para os festejos de fim de ano e também de consumo, pois há sempre promoções antecipadas para aproveitar a primeira parcela do 13º salário, será marcado, este ano, por ajustes internos nas instâncias políticas. Diante de tantos escândalos e com o prestígio à altura do rodapé, os partidos tentarão se rearticular para chegar com cara nova em 2018, ano de eleições gerais, com exceção de prefeitos e vereadores. Os primeiros ajustes começam com a formação das comissões e até mesmo diretórios, como deve ocorrer com o PMDB, sobretudo em Minas, estado em que há uma luta fratricida pelo poder. Um grupo quer manter a aliança que elegeu o governador Fernando Pimentel com o empresário Toninho Andrade como vice e outro, agora liderado pelo próprio Toninho, no papel de dissidente, que se articula para desembarcar da base governista e lançar candidato próprio.

Esse embate pode até não ser resolvido este ano – ficando para a convenção que vai definir alianças -, mas já repercute nos municípios. Em Juiz de Fora, depois do ensaio de um embate para definição da nova Executiva, provavelmente haverá acordo para elaboração de uma chapa única. Os dois lados entenderam que o enfrentamento não beneficiaria ninguém, sobretudo quando ambos estão investidos no mesmo projeto de acompanhar o prefeito Bruno Siqueira em qualquer empreitada que se dispuser a desenvolver no ano que vem. O prefeito tem sido instado a disputar o Senado, para o qual haverá duas vagas, mas tem deixado o tempo passar para não queimar etapas. Apesar de jovem, ele sabe como funcionam os bastidores da política. Há bajulações e reais interesses. Muitos o querem no palco apenas para compor com outros nomes, sobretudo de Belo Horizonte, mas há quem, de fato, veja chances de repetir a empreitada de Itamar Franco, que em 1974 deixou o mandato de prefeito para se eleger senador.

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Mas o PMDB não é o único a avaliar suas possibilidades. Enquanto o PT de Fernando Pimentel trabalha com o projeto da reeleição, os tucanos vivem o dilema de ter ou não candidato próprio. A questão está no nome. O senador Antonio Anastasia, o único citado em pesquisa como adversário de peso do governador, não esconde seu desapontamento com a política, preferindo cumprir os quatro anos restantes no Senado e voltar para a cátedra. Seu mentor político, senador Aécio Neves, tenta recompor suas bases em Minas, mas terá uma árdua jornada ante os desgastes que enfrenta por conta da Lava Jato.

Há outros atores em campo, mas, antes dessas definições, os partidos precisam se acertar, como o caso do próprio PSB de Marcio Lacerda. Ele percorre o estado vendendo seu projeto, mas ainda não sabe com que tropa irá para as ruas. O PSB também vive o drama da divisão.

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