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Recado das urnas

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Encerrado o primeiro turno, no qual já foram eleitos definitivamente deputados e senadores e vários governadores, entre eles o de Minas, a lição a ser tirada é uma agenda permanente no pós-eleição. As muitas explicações ou justificativas para o recado das urnas variam de acordo com o desempenho do candidato ou da candidata, mas fica, de novo, claro que o povo sempre se pautou por mudanças. Ainda resta o segundo turno para a Presidência da República, e o tempo que resta será necessário para a formatação de novas alianças, o que é do jogo.

Para onde irão os votos de Simone Tebet e Ciro Gomes e dos demais candidatos que ficaram pelo caminho é a discussão que terá curso ao longo dos próximos dias, sobretudo por ser emblemática para os dois finalistas. A diferença do ex-presidente Lula para o presidente Bolsonaro ficou em torno de seis milhões de votos. A soma de Tebet e Ciro é próxima dos oito milhões e meio.

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A hora é de fazer contas e estabelecer discursos que convençam as bases, uma vez que não basta os candidatos derrotados definirem suas opções no segundo turno para que seus eleitores sigam o mesmo caminho. Afinal, se não optaram pelos projetos vencedores, não será com uma simples indicação que irão se alinhar a um dos dois finalistas. Será preciso mais.

As urnas também falaram para a cidade. Com 74 candidaturas, somente seis – quatro estaduais e duas federais – lograram êxito. Com número tão expressivo, a pulverização dos votos já era um dado anunciado. Ademais, já não há mais fronteiras para o voto: candidatos de outras regiões – assim como os daqui fazem em outras cidades – transitam no colégio eleitoral de Juiz de Fora, garimpando apoios. Basta ver a votação de alguns “estrangeiros” na cidade. Em tempos de redes sociais, os tradicionais redutos foram rompidos, e o discurso mudou.

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Resta, agora, saber qual será a agenda dos eleitos. Com o respaldo das urnas, têm uma ampla pauta para uma cidade e seu entorno, que carecem de investimentos permanentes em todas as áreas. O mandato parlamentar é, em princípio, dedicado à fiscalização dos atos do Executivo e à produção de leis, mas a intermediação deve estar em sua agenda, a fim de facilitar a interlocução com os gabinetes de Belo Horizonte e de Brasília.

Para os candidatos rejeitados pelas urnas, o momento é de reflexão, para entender a sinalização do eleitor que não abraçou seus projetos. Há sempre algo a ser encontrado, o que é importante para seguir adiante. O país tem eleições regulares de dois em dois anos. Perder um pleito não é o fim de carreira. É parte do jogo.

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