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Desafios à frente

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Ao tomar posse, nessa quarta-feira, como comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, o coronel Rodrigo Souza Rodrigues se colocou como um profissional afeito a desafios. Como coordenador-geral da Defesa Civil, teve papel ativo nas chuvas do início do ano que assolaram Minas. Agora, no topo da carreira militar, tem a pandemia do coronavírus, que faz do Estado um agente importante no seu enfrentamento, e a violência urbana, cujos índices caíram na gestão de seu antecessor, agora nomeado para a presidência da Funasa.

São, de fato, desafios importantes, pois têm repercussão direta nas comunidades. A Covid-19, de espectro mundial, tem induzido os governos a tomarem uma série de decisões. Em Minas, a despeito do aumento da curva nos últimos dias, os números são bem menores do que em outros entes federados, especialmente os vizinhos da Região Sudeste, São Paulo e Rio de Janeiro. A PM tem papel importante no processo, sobretudo na garantia da lei e da ordem num momento em que as pessoas, em boa parte, estão confinadas, e outras tantas estão nas ruas, por força do trabalho, carecendo, ambas, de acompanhamento permanente.

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Mais do que isso, a PM tem que insistir em políticas públicas que vão além da repressão. Embora ela seja a ponta das medidas, a prevenção continua sendo o caminho adequado para se antecipar ao problema. Para tanto, vários projetos foram implantados em Minas, como o Fica Vivo, programa de prevenção e enfrentamento a homicídios. Por causa da pandemia, sua unidade em Juiz de Fora está temporariamente desativada. Instalada no Bairro Olavo Costa, uma das áreas consideradas de grande incidência de crimes contra a vida, ela é estratégica, por conta, sobretudo, dos serviços prestados à comunidade.

Pandemia à parte, a violência urbana tem sido um dos principais temas de discussão nas relações de Governo e sociedade, especialmente num país que ainda ostenta diferenças sociais abissais. Seu enfrentamento envolve vários segmentos, sendo as polícias a face mais explícita, embora outras instâncias tenham papel estratégico, sobretudo quando se trata de implementação de medidas que passam por várias rubricas.

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A violência tem demandas na economia, pois, quando esta vai mal, todos os demais segmentos têm problemas; é uma pauta permanente nos órgãos de acompanhamento social, pela necessidade de ações permanentes de segurança social e na segurança pública. Partes desses desafios, de fato, são do comandante, mas não só dele. No ponto final, são da própria sociedade.

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