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Passivos urbanos

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A pandemia, que levou milhares de brasileiros para a informalidade, continua produzindo efeitos sem que isso, no entanto, seja motivo para determinadas ações. Nesta edição, a Tribuna aponta a volta do transporte clandestino, que atua, especialmente, à porta de supermercados e até em pontos de ônibus, criando mais um passivo urbano a ser resolvido pela municipalidade. A prática é antiga: espera-se um cliente e oferece uma viagem pelo mesmo preço – ou mais baixo – do que o do aplicativo, repetindo um cenário que surgiu quando Uber ainda estava na sua fase embrionária.

Situações como essa só se resolvem com fiscalização, pois não há outro meio de enfrentamento. Mas é preciso agir para não se criar mais uma fonte de evasão do sistema formal de transporte, que continua com dificuldades e que só não aumentou por conta da ação da própria Prefeitura de remunerar o segmento sob a garantia de manutenção do preço das passagens.

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Os clandestinos, porém, não afetam apenas o transporte coletivo. Eles concorrem diretamente com táxis e aplicativos, que, por sua vez, também enfrentam problemas por conta da queda de usuários.

É fato que a pandemia trouxe junto uma crise econômica, mas nada justifica qualquer tipo de omissão por parte das autoridades, porque há sempre quem perde nessa competição. Fechar o olho para o problema é não só facilitar a clandestinidade como, também, comprometer a rentabilidade de setores que pagam impostos para trabalhar.

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As mazelas das metrópoles se ampliaram nesses novos tempos, mas é fundamental atuar para evitar que se tornem irreversíveis. A Prefeitura de Juiz de Fora tem instalado diversos grupos de trabalho para discutir alternativas para essas novas demandas. Espera-se que os resultados sejam rápidos para evitar exatamente a preocupação com a irreversibilidade. A cada dia que passa, por exemplo, cresce o número de ambulantes clandestinos na área central da cidade, criando situações que comprometem até mesmo a mobilidade.

Neste mesmo espaço foi tratada a situação da Avenida Getúlio Vargas, mas ela não é única. O Calçadão da Rua Halfeld virou um mercado aberto, com ambulantes ocupando até mesmo a saída das galerias. Se antes eles se apresentavam somente após o expediente, agora são os primeiros a chegar.

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