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Começa o jogo

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O adiamento das eleições promulgado pelo Congresso – agora serão em 15 de novembro, com eventual segundo turno no dia 29 – já é uma etapa vencida no processo pré-eleitoral em tempos de pandemia. Os parlamentares, acatando recomendações da Justiça Eleitoral, entenderam que não havia condições de se fazer uma eleição na fase mais aguda da contaminação, embora, numa etapa inicial, houvesse resistência na Câmara Federal. O Centrão, com um expressivo número de prefeituras, tinha como argumento o pouco prazo de campanha, sobretudo para os atuais dirigentes sob o óbvio desgaste do coronavírus, que exigiu deles medidas necessárias, mas impopulares.

A peça de fundo, no entanto, era o cenário de plena precariedade das prefeituras, agravado pelo contingenciamento da União, que minguou os caixas e cortou recursos para implementação de projetos. Resolvido esse problema, com o possível aumento do Fundo Municipal de Participação, a matéria passou. O próximo passo é resolver o viés burocrático que envolve, inclusive, a biometria. Em princípio, ela já seria exigida em várias cidades, entre elas Juiz de Fora, mas sua execução tornou-se um problema sanitário, pois implica o toque de dedo nos equipamentos de confirmação de dados, contrariando as recomendações da área de saúde. Mesmo sendo um avanço, é incerta a sua adoção em 2020.

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O ponto central, porém, é a contagem dos prazos. Com datas de convenção a partir da segunda quinzena deste mês, os partidos terão que colocar seus times em campo, embora boa parte dos nomes já circule no debate das ruas. As convenções serão apenas meras etapas de formalização dos pretendentes e de confirmação das chapas de candidatos às câmaras municipais.

Em Juiz de Fora, uma contagem preliminar apontou 16 postulantes a prefeito. A lista pode mudar, pois nem todos levarão seus projetos adiante, como também há a possibilidade de surgimento de novos nomes. Vale o mesmo para as listas de vereador.

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O pleito tem desafios importantes à frente em decorrência da pandemia. Já com números bem inferiores aos pleitos nacionais, a eleição municipal deste ano deve ter uma queda acentuada de eleitores, sobretudo se algumas regras forem impostas, como separação por horário da votação. Ademais, diante das restrições nos transportes, nem todos os eleitores estarão dispostos a retornar ao seu reduto para um voto importante, cuja abstenção é minimizada pela baixa punibilidade. O número de justificativa deve bater recordes. É uma experiência do voto facultativo que, de certa forma, com a fragilidade da legislação, já ocorre no país.

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