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Ação e reação

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Quem acompanha o noticiário percebe que a sucessão nos estados também polariza o debate eleitoral, num processo que se repete de quatro em quatro anos. Em Minas, o Governo faz do PSDB seu principal alvo, indicando, com frequência, que a causa da crise ora enfrentada pelo Estado é fruto da herança maldita deixada pelos tucanos, que ficaram à frente da administração desde 2002, quando o senador Aécio Neves assumiu seu primeiro mandato de governador.

Se virar o disco, os tucanos atacam os petistas, classificando-os de ineficientes na gestão da coisa pública, com foco na gestão Dilma Rousseff, que, na sua avaliação, quebrou o país e, por consequência, repassou os danos para os entes federados. A despeito disso, Minas teria feito o dever de casa, ora comprometido pela gestão de Fernando Pimentel.

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Os dois lados têm argumentos, mas a crítica, por si só, não resolve, uma vez que os beneficiários dos serviços do Estado é que ficam com a conta. E esse será o tom da campanha eleitoral que começa a chegar às ruas, num processo de ataque e contra-ataque que acaba sendo bom para os dois lados, pois polariza o debate e tira de cena os demais coadjuvantes que têm como único argumento atacar os petistas e os tucanos se quiserem ganhar a atenção do eleitor.

Os dois partidos, aliás, têm sido protagonistas de um embate que já dura seis eleições, com vantagem para o PT, que ganhou quatro – duas com Lula e duas com Dilma Rousseff -, contra as duas primeiras de Fernando Henrique Cardoso. No Estado, o processo é outro. Os tucanos venceram com Eduardo Azeredo, Aécio Neves e Antonio Anastasia, enquanto o PT só inaugurou sua primeira gestão mineira em 2015, após vencer nas urnas de 2014.

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Esses dados, porém, pouco importam quando a meta é o futuro. O eleitor já acompanha o processo de discussão, mas ainda não foi apresentado a projetos que busquem a recuperação do Estado.

 

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