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Vacinação

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O ano começa, e a maior esperança de todos para que a vida volte ao normal está na imunização em massa da população. Mas o que temos de fato até agora para alimentar essas expectativas? A equipe do novo Governo municipal estima empenho de R$ 53,5 milhões em recursos, caso Juiz de Fora precise comprar um milhão de doses da Coronavac. A Administração já tem, desde dezembro, um memorando de entendimento firmado com o Instituto Butantan para compra da vacina, produzida conjuntamente com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.

A nova equipe de Saúde vem trabalhando com dois cenários para a cidade: um, que o Governo federal assume a compra das vacinas, e outro, que o próprio Município tem que desembolsar o valor para garantir a imunização. De qualquer forma, a pasta vem elaborando um Plano Municipal de Imunização contra a Covid-19, porque, em qualquer um desses casos, será preciso deixar preparadas toda a estrutura e e a logística de vacinação das pessoas.

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O maior problema agora está na dependência de aprovação da Coronavac pela Agência de Vigilância Sanitária. Os resultados de eficácia do imunizante seriam apresentados no último dia 23, mas o anúncio não foi feito sob a justificativa de que a Sinovac teria solicitado a base de dados para mais análises. É a quarta vez que se adia a divulgação dos percentuais. A expectativa era grande, porque o Butantan havia prometido que, após a apresentação dos resultados, submeteria imediatamente à Anvisa o pedido de registro definitivo e de autorização para uso emergencial da vacina. Com isso, o anúncio prometido ficou para janeiro.

Os testes de fase 3 da Coronavac estão sendo realizados simultaneamente em Brasil, Turquia e Indonésia. Para que seja aprovado, o imunizante deve atingir patamar mínimo de eficácia de 50%, conforme recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Oficialmente, sabe-se que a vacina não teria atingido os 90% no Brasil, mas os pesquisadores brasileiros ainda não liberaram a informação e apenas garantem que os níveis necessários foram obtidos, o que já representa um alívio, pois, dessa forma, pode-se assegurar um nível de proteção contra a Covid-19 e obter o registro da Anvisa.

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Outra vacina que está na rota do país é a desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca. Essa é a grande aposta do Governo brasileiro, que investiu R$ 1,9 bilhão na compra, no processamento e na distribuição de cem milhões de doses do imunizante. Na semana passada, o Reino Unido autorizou o uso emergencial de vacina, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começará a produzir a vacina este mês, quando pretende pedir o registro à Anvisa. Além de mais barato, o imunizante é de mais fácil distribuição, pois pode ser conservado em freezers convencionais, sem a necessidade de preservação a -70 graus Celsius.

Enquanto as duas apostas de imunização para o Brasil parecem ter uma solução em janeiro, outro entrave que terá que ser enfrentado pelas autoridades é a disponibilização de seringas e agulhas. Na semana passada, o Ministério da Saúde fracassou na primeira tentativa de comprar os insumos e, das 331 milhões de unidades que pretendia adquirir, só conseguiu 7,9 milhões. Representantes do setor vinham alertando sobre o problema desde meados do ano, mas, mais uma vez, o Governo federal negligenciou seu planejamento.

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A população que nutre esperanças na vacinação deve aguardar por novas notícias estes mês, mas, enquanto isso, o combate à pandemia só pode ser feito com distanciamento social, máscaras e álcool em gel.

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