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Riscos do recuo

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Na edição desta quinta-feira, a Tribuna destacou que a cidade encerrou agosto com a criação de 48 postos de trabalho, sendo indústria e comércio responsáveis por manter um saldo positivo no município pelo segundo mês consecutivo. O jornal alertou, porém, que o resultado ainda é inferior às 142 vagas criadas em julho. O mais grave, porém, é o levantamento geral do período de pandemia. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), só em Juiz de Fora foram extintos 6.475 postos de trabalho.

Os números são graves, pois apontam que a economia se recupera aos poucos, como previsto, e só vai ganhar mais corpo se os descompassos entre isolamento e volta às atividades não sofrerem abalos. Em entrevista pelas redes sociais, na manhã desta quinta-feira, o prefeito Antônio Almas não escondeu a sua preocupação com a deterioração dos índices. “Com 17 óbitos em decorrência da Covid-19 registrados nos últimos quatro dias, o prefeito Antônio Almas (PSDB) declarou que Juiz de Fora vive o pior momento relacionado à quantidade de vítimas fatais desde o início da pandemia, há quase sete meses.”

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Tal advertência tem implicações em todas as frentes, com um possível recuo na flexibilização. O Minas Consciente, a despeito de sua reformulação estabelecer uma regionalização para evitar distorções, não mudou a proposta de ser rígido nas ações. Almas verbaliza uma preocupação geral diante do aumento no número de óbitos e na redução dos leitos de UTI. Essa combinação é perversa para todos.

A recuperação da economia passa, necessariamente, pelo controle da pandemia, o que só será possível se houver plena conscientização dos riscos que ela impõe. O novo normal não é o normal, no qual tudo é possível. As medidas de isolamento e o uso de máscara continuam sendo as medidas mais eficazes. O que se vê, no entanto, não é o esperado. Um expressivo número de pessoas está nas ruas, boa parte delas sem necessidade, comprometendo as políticas sanitárias adotadas.

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Um recuo, como alertou o prefeito, será extremamente danoso para todos os segmentos, por significar a volta ao período mais agudo da contaminação. “Face a esses números, estamos aqui, de maneira bastante objetiva, mais uma vez, conclamando a população de Juiz de Fora a não perder de vista os regramentos. Todas aquelas ações não farmacológicas continuam sendo extremamente importantes. São elas que podem garantir momentos menos difíceis à frente. Quando possível, fique em casa. Se precisar sair, mantenha o distanciamento social e o uso de máscaras.” A advertência procede.

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