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Fake nas eleições

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O Facebook e o Google assinaram um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a disseminação de notícias falsas – as conhecidas fake news – na próxima campanha eleitoral. O acordo, como foi publicado na Tribuna na sexta-feira, prevê que as empresas se comprometem, em consonância com as normas internacionais de direitos humanos e boas práticas da indústria, a “combater a desinformação gerada por terceiros”. O termo é mais amplo, mas o pano de fundo é zelar pelo bom jornalismo.

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Trata-se de uma notícia importante, pois vai incidir sobre uma questão que está se tornando cada vez mais relevante. O tráfego de notícia falsa, bem diferente do boato, tem sido matriz para uma série de problemas, alguns de grande consequência. É possível imaginar que uma eleição seja definida pelas fake news? Sim, pois o que até bem pouco tempo era um comportamento ingênuo tornou-se um negócio de repercussão financeira e de poder. Até hoje, os americanos discutem se a eleição de Donald Trump passou por essa fronteira. As fake news ainda não têm uma definição fechada, podendo ser a alteração deliberada de uma informação, um dado plantado na rede mundial ou a distorção de um fato com possibilidade de mexer no inconsciente coletivo. O único dado real é que elas se tornaram produto de profissionais. Há sites que lidam com essa questão como um produto ou um negócio, mesmo sabendo da extensão de possíveis danos.

Há, inclusive, os que consideram que as consequências das notícias falsas estão sobrevalorizadas, já que elas fazem parte da história da própria civilização. Só que, com a internet, o que era paroquial ganhou consequências globais. E, na mesma dimensão, os danos. Uma notícia falsa não é desmentida pelo simples contraditório do dia seguinte, e a repercussão pode ser bem mais perversa, o que leva os gigantes Google e Facebook a serem convidados a participar do processo para reduzir sua disseminação.

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E, quando há uma eleição pela frente, a atenção deve ser redobrada, pois não faltarão fatos e versões para elevar ou desconstruir candidatos. E a bola fica com o cidadão comum, que, na ingenuidade ou de moto próprio e consciente, compartilha o que sabe não ser verdadeiro.

 

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