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Do jeito que der

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Tem razão o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora, Marcus David, ao anunciar a abertura de um novo edital para continuidade das obras do Hospital Universitário. A Tribuna, na semana passada, observou que manter o projeto parado teria um custo muito mais expressivo para a UFJF com comprometimento das ações na saúde, hoje centradas na unidade do Morro da Glória. Fazer da melhor maneira possível, como destacou o professor, é a saída plausível, já que não há recursos para manter o projeto anterior. O contingenciamento das verbas da Educação adotado pelo Governo federal foi perverso para as instituições, uma vez que os custos continuam e a receita foi reduzida.

Num ano de eleição, a instância política tem papel estratégico nesse processo, por ser o meio mais adequado para a obtenção de recursos. Muitos parlamentares já praticam esse exercício, mas, como se trata de um hospital que não atende apenas pacientes da cidade, os deputados federais da região deveriam investir nesse processo, defendendo emendas para a conclusão do HU. Estariam cumprindo um dos papéis que deles se espera, mas também contribuindo para a execução de uma unidade que não pode ficar do jeito que está.

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A área de saúde tem um viés próprio de capital intensivo, o que exige a prudência que Marcus David apresenta e a ousadia de tocar adiante uma obra que está parada há pelo menos três anos, fruto de idas e vindas que culminaram em ações na instância penal.

Juiz de Fora tem ainda o Hospital Regional, que vive situação semelhante, embora não tenha pendências judiciais. O projeto está emperrado pela falta de recursos, após a troca de empresas responsáveis pela sua construção que acabaram ficando inadimplentes, por conta do repasse oficial que era a única fonte para a continuidade dos trabalhos. E, nesse caso, a cobrança vai para os deputados estaduais, que precisam colocar a questão na mesa mesmo sabendo das dificuldades financeiras do estado.

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O ponto a ser discutido nessas duas unidades é a sua importância para a comunidade. Juiz de Fora tem um histórico de referência na saúde que implica o atendimento além de suas divisas. Por conta dessa demanda ascendente, os dois hospitais são fundamentais para o atendimento com qualidade de todos aqueles que a eles acorrem.

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