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Calçamento na estrada de Ibitipoca deve começar este ano

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Acordo prevê o calçamento com blocos intertravados a partir do km 1,4 até o km 14,3, no sentido Lima Duarte-Ibitipoca (Foto: Arquivo TM)

Foi assinado, nesta segunda-feira (21), o contrato entre a Prefeitura de Lima Duarte e a empresa juiz-forana Nexxus para pavimentação de parte da LMG-871, rodovia que liga o município ao distrito de Conceição de Ibitipoca. O acordo prevê o calçamento com blocos intertravados a partir do km 1,4 até o km 14,3, no sentido Lima Duarte-Ibitipoca. Agora, basta a emissão da ordem de serviço, por meio da Prefeitura daquele município, e as obras terão prazo de 10 dias para serem iniciadas. A expectativa é que comecem já em dezembro.

No entanto, os moradores de Ibitipoca não estão completamente satisfeitos, visto que as obras vão excluir 8,5 quilômetros da estrada, correspondente a trechos considerados os mais críticos, entre as serras do Darci e da Cruz das Almas. Segundo o projeto, a região já estaria calçada ou pavimentada com pedra poliédrica. A realidade é que o calçamento existente é antigo e, sem manutenção, está em péssimas condições.

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A produtora de eventos e moradora de Ibitipoca Flávia Oliveira afirma que o ideal seria que o calçamento começasse “de cima para baixo”, ou seja, se iniciando pelo trecho mais próximo a vila e seguindo em direção a Lima Duarte. “As partes mais críticas são as serras. Eu já vi fila de mais de três quilômetros de carro para subir e justamente ali, naquela região, não vai ser calçada. Para os moradores também, a estrada toda esburacada, sem condição de descer. Os carros ficam sempre quebrados.”

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A opinião é compartilhada pelo presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Ibitipoca, Fred Fonseca. Ele afirma que, na época da construção do projeto, solicitou à Prefeitura que o calçamento fosse feito saindo da vila, em direção ao centro do município. “Nós demandamos também a manutenção das pontes e o alargamento das estradas, nada disso foi contemplado no projeto.” O documento prevê o calçamento, a sinalização e a drenagem pluvial da via. Também estão contemplados meio-fio, bueiro, sarjetas, escavação e escoramento de valas.

Sobre as pontes e os trechos que não serão pavimentados, o diretor de convênios da Prefeitura de Lima Duarte, João Marcos Fernandes, afirmou que a Administração já tem projetos e trabalha na captação de recursos para que tais obras sejam feitas. “Ao longo do trecho, há pontes que vão precisar de intervenções, algumas mais ou menos custosas.” Já em relação ao calçamento das serras, João Marcos afirma que os recursos para realização de nova licitação, ou aditivo ao contrato vigente, devem ser custeados via parceria com o Governo de Minas Gerais.

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Obras durante o período chuvoso

Como mostrou a Tribuna no início deste ano, o período chuvoso na estrada de Ibitipoca gerou diversos transtornos a turistas e moradores da região. A falta de calçamento e o intenso fluxo de veículos contribuem para que a estrada vire lama, e os carros atolem no caminho, causando transtorno, além do risco de acidentes. Devido ao Parque Estadual de Ibitipoca, o distrito é um dos destinos turísticos mais procurados do estado. O parque passa por processo de licitação e visa a atração de mais turistas. Entretanto, a falta de infraestrutura da vila para comportar ainda mais visitantes, incluindo a má condição da estrada, faz com que a concessão também seja motivo de protestos.

Sobre o início das obras em período chuvoso, o representante da Nexxus, Rafael Bellose, afirmou que a construtora vai optar por intervenções que, a princípio, não criem tanto transtorno, como as obras de drenagem pluvial, com instalação de meio fio e sarjeta, por exemplo. “Tem serviços que não causam tumultos ali. Se nós começarmos a “rasgar” a via agora, vai ser um tumulto enorme, e a gente não vai fazer isso. Podemos começar a ver o meio-fio, a análise do terreno, a topografia e não uma obra de quebradeira em si.”

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No entanto, Bellose afirma que resultados concretos só serão visíveis no próximo período chuvoso. “Sendo bem realista, se esse ano chover muito vai dar o mesmo problema. Só vai melhorar o atolamento quando acabarem as obras de drenagem e pavimentação.” Sobre a questão das chuvas, João Marcos Fernandes afirmou que a Prefeitura de Lima Duarte já vem realizando trabalhos ao longo do ano para minimizar os problemas. De acordo com o diretor de convênio de Lima Duarte, nos próximos dias, será feita uma visita técnica para definir pontos que precisarão de aterro e desaterro, além de analisar como, de fato, o calçamento irá começar. “Vamos avaliar se é melhor começar a obra de um ponto crítico específico, ou se vamos realizá-la de forma linear, saindo do km 14,3 até o município de Lima Duarte.”

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