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Polícia caça PM suspeito de matar a ex e fugir com a filha de 4 anos

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Filha do casal tem apenas 4 anos (Foto: Divulgação/PM)

As polícias Militar e Civil de Santos Dumont continuam nesta segunda-feira (16) as buscas pelo soldado da PM de 35 anos suspeito de assassinar a tiros a ex-esposa, 29, e raptar a filha do casal, 4. O crime aconteceu no fim da noite de sábado (14), no Bairro Córrego do Ouro, no município que fica a cerca de 50 quilômetros de Juiz de Fora. Segundo o registro policial, Gilberto Ferreira Novaes teria aproveitado a chegada de um motoboy à residência da ex-companheira para conseguir entrar no imóvel. Um jovem, 24, abriu o portão para receber a entrega de um lanche quando foi surpreendido pelo PM. O homem teria saído do interior de um carro estacionado próximo já com uma arma de fogo nas mãos e ameaçado o rapaz. Em seguida, subiu as escadas de acesso à casa e abriu fogo contra a ex-mulher.

O jovem teria tentado ir atrás do atirador, mas recuou ao ouvir os disparos e se abrigou atrás de um poste na rua. Após o assassinato, o suspeito desceu as escadas com a filha no colo e embarcou no carro. Algumas pessoas tentaram impedir que ele levasse a menina, mas foram ameaçadas e não conseguiram detê-lo. O homem arrancou com o veículo em direção ao Bairro Ponte Preta.

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Sthefania, vítima de assassinato (Foto: Divulgação/PM)

Sthefania Parenti Ferreira Novaes foi encontrada ensanguentada e ainda agonizando no chão da sala. O Samu e a PM foram imediatamente acionados, mas a vítima não resistiu e teve o óbito confirmado ainda no local. Ela apresentava três perfurações à bala no tórax e abdômen. A Perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos de praxe, e o corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML) de Barbacena.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, as ameaças do ex-marido seriam constantes, por meio de mensagens via aplicativo e pessoalmente. Dois aparelhos celulares foram apreendidos para serem periciados. O carro usado pelo suspeito na fuga teria sido pego emprestado de um conhecido, já identificado pela polícia.

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Vítima já havia registrado ocorrências

O comandante da 63ª Companhia de Santos Dumont, major Nélio Condé, coordena o rastreamento em busca do suspeito e o levantamento de informações sobre o crime. Segundo ele, o militar era morador da cidade e entrou na corporação em 2010, mas está lotado no município de Campestre, no Sul de Minas. O casal teria se separado recentemente, mas o policial estaria inconformado com o término do relacionamento e insistia para voltar. Várias ocorrências foram registradas anteriormente.

Em novembro, o suspeito chegou a ser preso após usar uma pistola ponto 40 de serviço para ameaçar a ex-mulher. Em fevereiro, houve nova ameaça, mas ele conseguiu fugir. No mês seguinte, a vítima registrou boletim de agressão após ter sido puxada pelo braço em algum desentendimento relacionado à criança. Já no início deste mês, a mulher estava com medida protetiva e registrou B.O. de perturbação via telefone. “Ele usava vários números diferentes, insistindo para que ela conversasse com ele. Na época, estive com a mulher e a mãe dela. Fizemos visitas tranquilizadoras, para nos certificarmos de que estava tudo bem, e a orientamos a constituir advogado para definir a questão da guarda da filha e da separação”, explicou o major.

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Conforme a PM, a vítima também teria deixado dois filhos de relacionamento anterior. “Com certeza é um caso chocante. É o extremo, porque chegou à morte, e recebemos isso com muita tristeza”, lamentou o comandante. De acordo com ele, logo após o crime, todas as polícias da região foram comunicadas, mas a área de fuga é muita extensa, possibilitando vários acessos a outras localidades, inclusive por estradas vicinais. “Desde sábado não paramos as buscas e não vamos parar enquanto não conseguirmos localizar o autor e resgatar a criança íntegra”, garantiu.

O major Nélio acrescentou contar com a colaboração da comunidade. “Estamos divulgando fotos e informações nas redes sociais, não descartamos nenhuma hipótese.” Informações sobre o paradeiro do suspeito e da criança podem ser repassadas à polícia pelo 190 ou pelo 181, do Disque-Denúncia Unificado (DDU), que garante o anonimato. A Polícia Civil também realiza diligências, e o delegado Cléber Faria da Silva, titular da 5ª Delegacia de Santos Dumont, está à frente das investigações.

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