A Prefeitura de Santos Dumont confirmou, em publicação na página oficial da cidade no Facebook, a suspeita de quatro macacos infectados com de febre amarela no município. Segundo a postagem, os primatas foram encontrados na última semana, no distrito de Samambaia, no Bairro Graminha e no Centro, local onde dois dos animais estavam em uma mata localizada próxima a uma fábrica. A Prefeitura não detalhou o estado em que os bichos foram encontrados. Um deles, no entanto, teria sido sacrificado depois de ser trazido para Juiz de Fora.
Conforme a prefeitura de Santos Dumont, amostras foram colhidas do primeiro primata encontrado e enviadas para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) para análise das causas da morte. A expectativa é de que o resultado da análise seja conhecido na próxima semana.
Ainda segundo o post, a Secretaria de Saúde iniciou a campanha de prevenção à febre amarela em janeiro deste ano, mas grande parte da população não teria sido vacinada. Por conta das suspeitas recentes de casos de epizootias (quando animais morrem em decorrência de uma doença que pode ser transmitida a humanos), oito equipes da pasta estão visitando as casas da Zona Rural de Santos Dumont, em uma espécie de “varredura” para encontrar pessoas que ainda não se vacinaram e efetuar o rastreamento das matas. A secretaria informou ainda que os postos de saúde e a central de vacinação do município estão abertas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, para vacinar cidadãos que ainda não estão imunizados contra a febre amarela.
Também na semana passada, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou que um primata encontrado em Santana do Deserto, cidade localizada a cerca de 43 quilômetros de Juiz de Fora e 95 de Santos Dumont, tinha febre amarela silvestre.
Números
Segundo dados da SES, somente neste ano foram registrados 435 casos de febre amarela no estado, sendo que 136 óbitos teriam sido causados pela doença. O início dos sintomas do último caso registrado teria ocorrido em junho. No entanto, há evidências de circulação do vírus no estado por conta dos casos de epizootias, que voltaram a acontecer. Atualmente, conforme boletim da SES divulgado na última quinta-feira (7), 16 municípios de Minas Gerais tiveram casos confirmados de febre amarela em macacos. Outras 17 epizootias seguem em investigação.