Com mais de dez dias da interdição do trecho da rodovia MG-133, na altura do km 21, ainda não há previsão para a conclusão das obras no local. O asfalto cedeu na madrugada de 29 de janeiro, em decorrência das fortes chuvas, e abriu uma cratera que engoliu dois caminhões e dois carros de passeio. O acidente envolveu sete pessoas, e uma delas não resistiu. Desde então, a área está interditada e não foi informada data para a sua recuperação. Um acesso alternativo, por meio de uma propriedade particular, começou a ser construído no sábado (1º). A expectativa é que esta passagem fosse concluída na quinta-feira (6), o que não ocorreu. A população do entorno cobra agilidade do Estado neste trabalho, pois a situação tem causado impactos econômicos e sociais. Um protesto no local está sendo organizado para a próxima segunda-feira (10).
A população afirma que as obras no km 21 estão ocorrendo em ritmo lento. “Os funcionários da empresa contratada ficam muito tempo parados esperando o material chegar”, diz um morador de Tabuleiro, que preferiu não se identificar. “A gente passa e vê os trabalhadores parados. As prefeituras têm que cobrar o andamento da obra, pois a construção do acesso está demorando muito”, opinou outro.
Em entrevista à Tribuna, o prefeito de Tabuleiro, Dauro Martins (PP), confirmou a insatisfação com o andamento do trabalho. “Entendemos que quando uma empresa é contratada para executar este tipo de obra, isto já acontece com as regras que regem esta execução. Por isso, nós queremos que o DER-MG (Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais) cobre agilidade neste trabalho”, declarou. “A obra é de muita importância, pois esta situação tem prejudicado o comércio da região, que está perdendo em vendas e demitindo funcionários, e, também, os nossos moradores que fazem tratamento de saúde em Juiz de Fora.”
De acordo com Dauro, as prefeituras do entorno se colocam à disposição para ajudar. ” Sabemos que as chuvas podem atrapalhar o andamento das obras, mas neste caso, há outro problema. Os funcionários ficam esperando os materiais chegarem. Nós queremos ajudar, mas não sabemos como, pois não falam qual é o material que precisam. A abertura de uma passagem ali é muito importante para todos nós.”
Com a interdição do trecho, os moradores das cidades pertencentes às microrregiões de Ubá, Viçosa e Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, que utilizavam a MG-133 para chegar a Juiz de Fora, precisam seguir pela MG-353, no percurso por Piraúba, passando por Guarani, Rio Novo, Goianá até Coronel Pacheco. A alteração do trajeto aumentou em cerca de 40 quilômetros a viagem.
MG-353
Na última quarta-feira (5), outra cratera trouxe mais transtornos aos moradores da Zona da Mata. O buraco se abriu no km 66 da rodovia MG-353, que liga Juiz de Fora a Coronel Pacheco, causando interdição total da pista. Desta forma, os motoristas devem seguir pela AMG-3085. Na quinta-feira, o DER-MG iniciou os reparos emergenciais, mas ainda não há previsão de quando a estrada será recuperada. A informação é que seria feito um serviço de limpeza da área, para se fazer uma nova rede de drenagem.
DER-MG não tem data para projeto definitivo
A assessoria do DER-MG informou que “na MG-133, Km 21, está sendo executada uma variante que possibilitará a liberação do tráfego até que seja feita a obra definitiva no local. A opção de rota para o deslocamento entre Ubá e Juiz de Fora é seguir pela MG-285, até Piraúba e depois pela MG-353, até Coronel Pacheco”.
Com relação à rodovia MG-353, declarou que providenciou “a interdição imediata no quilômetro 66, e definiu a opção de tráfego para os motoristas, no deslocamento entre Coronel Pacheco e Juiz de Fora, pela AMG-3085. A solução a ser adotada ainda está em estudo, o local está sendo monitorado e uma máquina foi deslocada para a realização de serviços preliminares de limpeza.” O órgão não informou a previsão para a recuperação de ambos os trechos.