O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Minas Gerais realizou uma operação de busca e apreensão nos prédios da Prefeitura e da Câmara Municipal da cidade de Santos Dumont, que fica a 48 quilômetros de Juiz de Fora. Segundo informações do Portal 14B, os fatos investigados envolvem desvio de dinheiro público, supostamente envolvendo dois servidores: um do Poder Executivo e outro do Legislativo. A Tribuna fez contato com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para obter mais informações sobre a ação, mas, até a edição deste texto, não obteve um retorno.
A reportagem também procurou a Prefeitura e a Câmara Municipal de Santos Dumont. O Município também não respondeu até a edição da reportagem. Já o Poder Legislativo da cidade se manifestou por meio de nota. “Após o conhecimento de indícios de irregularidades na gestão contábil-financeira cometidas por servidora que já não mais pertence ao quadro funcional da Câmara Municipal, (o Legislativo) imediatamente encaminhou a denúncia ao Ministério Público para as providências devidas”, diz o texto que leva a assinatura do presidente da Câmara Municipal de Santos Dumont, vereador Luciano Gomes (Cidadania).
A nota pontua ainda que “a Câmara Municipal em momento algum está sendo investigada ou mesmo foi objeto de busca e apreensão”. “A denúncia das irregularidades partiu da própria Câmara Municipal, que noticiou o fato ao Ministério Público, tão logo teve conhecimento. As investigações e apurações se encontram em andamento, tanto no âmbito desta Casa quanto no Ministério Público com a finalidade de apurar eventual valor desviado, visando o ressarcimento aos cofres públicos”, afirma o texto encaminhado à reportagem.
Por fim, a Câmara Municipal de Santos Dumont defende que “tem trabalhado de forma coordenada e em cooperação junto ao Ministério Público para elucidação o mais rápido possível dos fatos e responsabilização. “Finalmente, contrapondo as informações falsas que circulam nas redes sociais e mídias, esclarece que não há nenhum servidor da Câmara ou vereador envolvido na investigação, já que os fatos até então apurados se referem única e exclusivamente às ações praticadas pela ex-servidora”, diz o texto assinado pelo presidente da Casa.
Ainda de acordo com o Portal 14B, os dois servidores são suspeitos de desvio de recursos públicos, que teria acontecido na Câmara com a cobertura do funcionário da Prefeitura para aprovar as contas. A publicação afirma ainda que, na sexta-feira, um servidor da Prefeitura foi preso preventivamente e levado para Barbacena e está sob custódia da Justiça.