Mais duas mortes causadas por complicações da gripe foram confirmadas na Zona da Mata. Conforme novo boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) nesta quinta-feira (7), subiu para sete o número de óbitos causados pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Já são três mortes em Leopoldina e duas em Cataguases. No boletim anterior, divulgado no início da semana, cada uma das duas cidades tinha um óbito a menos. Ubá e Visconde do Rio Branco já haviam registrado uma morte por SRAG cada uma, e se mantiveram com o mesmo índice. No estado, o número de óbitos associados ao vírus da Influenza saltou de 11 para 23.
Juiz de Fora também aparece no boletim, mas continua com três casos da síndrome em pacientes vivos. Além dos óbitos, Visconde do Rio Branco, Leopoldina e Cataguases também têm casos confirmados de SRAG, assim como Barra Longa, Laranjal e Muriaé. No total, já são 19 casos confirmados da doença somente na Zona da Mata.
Conforme o levantamento da SES, desde janeiro de 2018, foram notificados 1.178 casos do tipo mais grave da doença. Deste total, 105 foram confirmados para o vírus da Influenza. A SRAG é uma forma mais grave da gripe, causada quando uma síndrome gripal simples é combinada a dificuldades respiratórias.
Baixa cobertura vacinal
A SES emitiu um alerta informando que a cobertura vacinal da gripe entre mulheres e crianças está abaixo do esperado. A secretaria acredita que a baixa cobertura ainda é reflexo da greve dos caminhoneiros, uma vez que muitas equipes não puderam se deslocar para vacinar pessoas acamadas e moradores da Zona Rural, além das dificuldades encontradas pela própria população. Em Minas Gerais, o índice de cobertura vacinal está em 80,5%, sendo menor em crianças (64%) e gestantes (66%). A vacinação é a melhor forma de se prevenir contra a doença. A campanha de vacinação foi prorrogada até 15 de junho, e as doses estão disponíveis em todas unidades de saúde.