Um ano e nove meses depois de um acidente no km 21 da MG-133, que deixou uma pessoa morta e seis feridas, a estrada ainda apresenta problemas. Mesmo com as reformas realizadas, é possível observar sinais de que a pista está cedendo, e os motoristas reclamam da falta de segurança no pontilhão e de outros riscos devido à falta de sinalização. Com a época de chuvas se aproximando, condutores se preocupam com o estado da estrada.
Motoristas que passam pela rodovia temem pela erosão ao redor da obra que já apresenta desnível desde que passou por reconstrução. Com o aumento das chuvas, pode ocorrer entupimento na canaleta e dificuldade no escoamento de água. A Tribuna esteve no local e também verificou que o trânsito está inseguro devido à falta de sinalização quanto ao fim do desvio feito à epoca e devido ao fato de que não há pintura no trecho do asfalto em que a cratera abriu no ano passado.
De acordo com o vice-prefeito de Tabuleiro, Francisco Ferraz (Chiquinho), as entidades responsáveis já foram comunicadas sobre o que precisa ser feito e estão buscando realizar os ajustes necessários antes da temporada de chuva. Ele também afirma que os vereadores da cidade estão se mobilizando para solicitar atenção aos problemas relacionados ao trecho.
Quebra-molas é motivo de queixas
Moradores que costumam passar pela região também se queixam dos quebra-molas instalados após o acidente em 2020. Com as chuvas e a grande quantidade de veículos que passam na rodovia, os acidentes aumentaram na área, já que os motoristas diminuem a velocidade bruscamente quando percebem a sinalização e acabam ocorrendo colisões. Apesar dos equipamentos serem sinalizados, não há placas de orientação sobre a ponte.
Em relação aos problemas apresentados, a assessoria do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) afirmou que “no quilômetro 21 da MG-133, o DER-MG já fez praticamente tudo o que estava previsto, restando apenas a sinalização horizontal e vertical em um trecho de 50 metros e retirada do quebra-molas que foi colocado durante a obra para disciplinar a velocidade dos motoristas. Este serviço está programado para acontecer nas próximas semanas, de acordo com as condições climáticas na região”.
O DER-MG também afirma que a causa mais provável dos acidentes nesse trecho “é a imprudência dos motoristas que insistem em não respeitar a sinalização e o quebra-molas instalado”.
De acordo com dados da Polícia Militar Rodoviária, nesse trecho ocorreram 27 acidentes entre 1º de janeiro e 29 de outubro de 2020. Já entre 1º de janeiro e 29 de outubro de 2021, foram registrados 20 acidentes.
MG-353
Na MG-353, há problemas de queda de barrancos em vários pontos, o que também pode representar um risco aos usuários que passam pela região. Assim como na MG-133, esses sinais causam preocupação entre os usuários, já que a tendência é que a situação se agrave nos próximos meses, sendo que a estrada já apresentou problemas anteriormente.
Em janeiro de 2020, o trecho entre Juiz de Fora e Coronel Pacheco teve que ser interditado devido ao deslizamento de uma encosta na área. No início de 2021, a chuva causou novas interrupções. Após fortes chuvas, grande quantidade de terra e de pedras rolaram sobre a via entre os kms 56 e 60.
Durante passagem da equipe da Tribuna pelo local, na semana passada, era possível ver parte da terra que deslizou em janeiro ainda no acostamento da via. No km 60, rachaduras também são observadas nos pontos onde foram registradas as quedas de barreiras.
O DER-MG afirmou, em nota, que, em 2021, foi investida uma média mensal de R$ 18 a R$ 20 milhões na manutenção dos 26 mil quilômetros da malha rodoviária estadual. “As intervenções são um trabalho preventivo com vistas no período chuvoso, incluindo a execução de serviços de tapa-buraco, roçada e capina da faixa de domínio, limpeza do sistema de drenagem/bueiros e conferência da sinalização vertical e horizontal.” Os dados da Polícia Militar Rodoviária revelam que, na MG-353, não houve alteração no número de acidentes entre 2020 e 2021. Nos dois anos, ocorreram 22 acidentes entre 1º de janeiro e 29 de outubro.