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Prefeitura de Juiz de Fora vai pagar salários de forma escalonada

Foto: Fernando Priamo

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A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) definiu um modelo de escalonamento diferenciado para o pagamento dos salários dos servidores da Administração municipal referentes a abril, que serão depositados ao longo dos dia 4 e 8 de maio, respectivamente segunda e sexta-feira da próxima semana. A medida foi adotada para evitar aglomerações e circulação de pessoas nas casas lotéricas e agências bancárias em um único dia por conta do recebimento dos vencimentos. “A escala observará o valor líquido do salário, ou seja, o valor que é depositado de fato para o servidor. O contracheque estará disponível para visualização a partir da quinta-feira, 30”, afirma a PJF.

Assim para aqueles que recebem até o montante de R$ 1.380, o pagamento será depositado na segunda-feira, 4 de maio. Entre R$ 1.380,01 e R$ 1.950, na terça (5). Subsídios entre R$ 1.950,01 e R$ 2.950 serão quitados na quarta (6). Valores entre R$ 2.950,01 e R$ 4.550 estãos disponíveis na quinta (7). Por fim, quem tem salários superiores a R$ 4.550 líquidos receberá o valor na sexta-feira (8), quinto dia útil de maio.

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Além dos servidores da Administração direta, a escala diferenciada referente ao dia do pagamento valerá também para profissionais do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) e Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa).

A medida foi comunicada pelo próprio prefeito Antônio Almas (PSDB) a representantes sindicais das diversas categorias do funcionalismo público juiz-forano. “Na manhã de hoje, conversei com nove representantes de sindicatos e centrais sindicais. A flexibilização das atividades econômicas, equipamentos de proteção individual para trabalhadores, filas na rede bancária, a questão da merenda escolar e outros importantes assuntos foram debatidos. É hora de trabalho, diálogo e união para vencermos os desafios!, afirmou o prefeito em suas redes sociais.

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Município vê dificuldades para próximo mês

Assim com referência aos salários de abril, a Prefeitura mantém o pagamento dos servidores em sua integralidade. Mas diante das dificuldades financeiras provocadas pela pandemia da Covid-19, admite que já estuda alternativas para os próximos meses. Em modelo similar ao que acontece no Governo de Minas já há alguns anos, escalonamentos dos salários – e não das datas de pagamento como agora – não estão descartados. Da mesma forma, até mesmo a redução de vencimentos de servidores, em um primeiro momento, de cargos comissionados, pode ser avaliada.

Sindicato compreende medida, mas com ressalvas

Coordenadora-geral do Sindicato dos Professores, Cida Oliveira afirmou que os representantes das diversas categorias do funcionalismo municipal receberam a adoção da medida com compreensão, porém com ressalvas. Assim os sindicalistas entenderam o caráter sanitário da medida, porém, mantiveram a defesa de que os pagamentos dos servidores voltem a ser efetuados até o último dia do mês trabalhado e não até o quinto dia útil do mês subsequente, como tem sido feito pela Prefeitura nos últimos meses, embasado em decreto editado em setembro de 2017 e ainda em vigência.

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“Mantemos nossa reivindicação de que o pagamento seja efetuado até o último dia do mês efetivamente trabalhado. Porém, consideramos a medida positiva do ponto de vista sanitário, de forma a evitar aglomerações de pessoas. Vale lembrar que não somente o pagamento dos servidores municipais leva a uma procura pelas agências bancárias e lotéricas. Temos, por exemplo, a questão dos R$ 600 emergenciais pagos pelo Governo federal durante a pandemia”, afirmou a sindicalista.

Sobre a possibilidade de a Prefeitura adotar medidas de escalonamento nos valores dos salários dos servidores no próximo mês, ou até mesmo redução de subsídios por conta das dificuldades financeiras agravadas pela pandemia da Covid-19, Cida disse que o Sinpro não tem qualquer tipo de informação sobre tal cenário, que em um primeiro momento é rechaçado. “Entendemos que a pandemia trouxe dificuldades financeiras, mas que sejam buscados outros caminhos para que não recaia uma vez mais sobre as costas dos trabalhadores, neste caso, dos servidores municipais.

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Integrante da executiva estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Minas Gerais, Cida disse ainda que as diversas centrais sindicais que estiveram presentes ao encontro com o prefeito defenderam a manutenção das medidas de restrição adotadas no município como ferramenta de enfrentamento à pandemia.

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