As negociações entre a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e os professores da rede municipal, na atual campanha salarial da categoria, ainda não chegaram a um denominador comum. Os docentes pedem reajuste de 33,24%, mesmo índice utilizado para a correção do Piso Nacional do Magistério. Até aqui, no entanto, o Município segue estudando a questão, mas ainda não apresentou uma proposta oficial de reajuste aos servidores. Nesta terça-feira (29), os docentes fizeram uma paralisação das atividades, e, em assembleia realizada no Real Grandeza, aprovaram a realização de uma nova paralisação na próxima quinta-feira, 7 de abril, quando a categoria não descarta discutir a possibilidade de deflagração de um movimento grevista.
Segundo o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro), a paralisação desta terça-feira contou com a adesão de 92% da categoria. A Prefeitura, por sua vez, não informou sua avaliação sobre a mobilização dos docentes, contudo, reforçou que está em busca de um entendimento. “A Prefeitura de Juiz de Fora está em diálogo aberto com os trabalhadores e as trabalhadoras da educação, através de sua representação sindical, para viabilização do reajuste dentro do quadro orçamentário-financeiro do Município”, disse a PJF em nota encaminhada à Tribuna.
Os professores, todavia, querem celeridade e devem encaminhar um ofício solicitando que o Município formalize uma proposta até a próxima sexta-feira. A categoria defende que o reajuste de 33,24% é definido em legislação nacional, entendimento reforçado por manifestação recente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE), de que o piso salarial nacional para os profissionais da educação básica deve ser cumprido independentemente dos limites de gastos com despesas de pessoal impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Este foi mais um componente que nos auxilia na viabilização da concessão deste reajuste. A categoria já está impaciente, uma vez que nossa data-base é 1º de janeiro. Já estamos entrando no mês de abril sem uma colocação mais concreta da Prefeitura”, pontua Roberto Kalan, tesoureiro do Sinpro.