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Secretário de Zema afirma que isolamento social é fundamental

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Em entrevista coletiva à imprensa, realizada por transmissão on-line, para informar a situação do coronavírus (Covid-19) em Minas, o secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva, foi categórico em relação a importância dos mineiros respeitarem a recomendação de isolamento social como medida de contenção ao avanço da doença no estado. “Do ponto de vista da literatura médica, não há outra técnica, no momento, tão eficiente para conter o avanço do coronavírus”, afirmou o titular, que é médico de formação. Carlos Eduardo defende que ainda é necessário manter o isolamento social porque ainda há “tendência clara de aumento do número de casos no estado”. Conforme o secretário, para que se possa observar resultados da medida, tomada na semana passada, é necessária, pelo menos, duas semanas reclusão. Após esse período, será possível analisar o cenário de casos no estado.

Na avaliação do secretário, apesar de ainda incipiente, foi bom o resultado inicial da medida de isolamento, e que a medida, auxilia para que a rede de saúde não fique sobre carregada. Isso porque, com o isolamento social, as pessoas estariam mais protegidas em relação ao contágio da doença.

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“Entendemos a pressão do setor econômico, mas o isolamento é fundamental para evitar o crescimento exponencial do coronavírus. Se as pessoas voltam a circular, o vírus também volta, e isso pode fazer com que o número de casos volte a aumentar. Temos que acompanhar os dados dia a dia (para definir medidas). Há o risco (com o isolamento) do desequilíbrio econômico, mas por outro lado temos o sanitário, esse equilíbrio (entre os setores) deve ser pensado”.

Ainda sobre o ponto, Carlos Eduardo disse que poderá chegar o momento do Governo estadual ser “flexível”, no entanto, essa etapa não pode ser “antecipada”, para que a situação na Saúde não fique “desequilibrada”. “Todo o governo estadual está preocupado no impacto financeiro e social, mas, por outro lado, na Saúde, nos parece oportuno manter o isolamento e as condutas adotadas até o momento. Ainda estamos na fase de ajustes operacionais, montagem de leitos, ajustes de exames; e em um segundo momento pensaremos em outras ações”.

UPAS e atenção primária receberão verbas

Na ocasião, o titular da SES também citou medidas que estão sendo adotadas pela pasta estadual como forma de ampliar a capacidade de assistência aos municípios. O Governo de Minas abriu edital em saúde pública para recrutar consórcios intermunicipais auxiliarem no combate ao coronavírus. De acordo com Carlos Eduardo, o prazo para a inscrição encerra-se nesta sexta-feira (27). Além disso, o Estado anunciou que destinará aporte financeiro para auxiliar hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e a Atenção Primária, em todo estado. “Como é esperado um aumento da demanda por consultas nas UPAS de todo o estado, também haverá um aporte financeiro de R$ 61 milhões para auxiliar no financiamento dessas demandas. Por fim, haverá um aporte para a Atenção Primária de R$ 32 milhões com o objetivo de auxiliar os municípios na prestação de serviços no âmbito da atenção primária”, detalhou. Segundo Carlos Amaral, o Estado também irá conseguir ampliar em 21 o número de leitos UTI em Minas Gerais, por meio de uma nova qualificação de leitos realizada pelo Ministério da Saúde.

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Notificações

O secretário esclareceu ainda que notificação não é diagnóstico, e que a pasta estadual tem contabilizado, devido ao estágio de transmissão comunitária em todo país, todo e qualquer caso de quadro gripal e de resfriado como notificação de coronavírus. Por esse motivo, o número de suspeitas em todo estado tem aumentado significativamente a cada dia. Conforme atualização mais recente do levantamento da SES, em Minas Gerais há 17.409 casos em investigação, além de 153 confirmações de Covid-19. Até o momento, nenhum óbito pela doença foi constatado pelo Estado.

Subsecretário de Vigilância em Saúde, Dario Brock Ramalho, também participou da coletiva. Na ocasião, Dario explicou como funciona o fluxo de notificação e de que forma a investigação dos casos é realizada. “São várias etapas até que o dado seja consolidado a nível federal e o número total seja fechado. Como o processo é muito dinâmico e complexo, podem ocorrer divergências entre os números do estado e dos municípios, o que é absolutamente normal”, explicou.

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Conforme o Governo de Minas, os kits de diagnóstico têm chegado ao Estado de forma regular, no entanto, devido à sobrecarga na assistência e à velocidade com que as notificações são recebidas, há certa demora na resposta dos resultados de exames. “Ativamos um plano de contingência laboratorial para cadastrar novos parceiros, mobilizando instituições públicas e privadas e, dessa forma, procurar fazer frente à taxa de ataque veloz da Covid-19”, pontuou o subsecretário.

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