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Professores rejeitam proposta da PJF

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Atualizada às 20h13

Por meio de encenações, grupo de palhaços explicava as reivindicações dos docentes (Foto: Leonardo Costa/25-03-15)

Professores da rede municipal de ensino rejeitaram nesta quarta-feira (25) a proposta apresentada pela Prefeitura e decidiram pela continuidade da greve por tempo indeterminado. Em assembleia no Ritz Hotel, foi lido o ofício enviado pela Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH) que propõe o reenquadramento de professores regentes A (PR-A) em regentes B (PR-B) a partir de 2017 para os efetivos que possuam licenciatura plena em qualquer área (normal superior ou pedagogia). No documento, a PJF afirma qua a mudança representará ganho de 47,39% e sugere estudo, a partir de 2016, para criação de regra transitória para os que não possuam requisito de escolaridade. Sustenta ainda que o aumento de 13,01%, solicitado pela categoria, já foi concedido aos PR-A temporários. O Sindicato dos Professores (Sinpro) alegou que a proposta de reenquadramento já é contemplada pelo plano de carreira e reiterou a necessidade de aplicação dos 13,01% para toda a categoria. A insatisfação da categoria se dá em razão da recusa do Executivo em revogar o artigo 9º da Lei 13.012/2014. O movimento completa 13 dias nesta quinta-feira.

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“Essa proposta em nada altera o artigo 9º, que é um dos graves problemas para nós. A Prefeitura propõe passar cerca de 50 professores PR-A para PR-B 1. No nosso plano de carreira, isso já acontece”, explicou a coordenadora geral do Sinpro, Aparecida de Oliveira Pinto. Após a votação unânime pela manutenção da greve, os professores saíram em passeata pela Avenida Rio Branco até a Câmara Municipal, acompanhados de entidades sindicais ligadas à CUT. O presidente da Câmara Rodrigo Mattos (PSDB) e o vereador João do Joaninho (DEM) receberam representantes do sindicato após o protesto. Uma nova rodada de negociação com o Executivo está agendada para a próxima segunda-feira. Já na terça-feira, os professores têm nova assembleia. Os docentes consideram que as negociações seguem em ritmo lento. A PJF afirma que as reuniões ocorrem de acordo com a disponibilidade dos integrantes da mesa de negociação, considerando ainda outras demandas da SARH.

Sobre a decisão dos professores, a secretária de Administração e Recursos Humanos, Andréia Goreske, afirmou que o Executivo prefere aguardar um comunicado oficial do Sinpro. Entretanto, reforça que a proposta apresentada pelo Executivo atende aos interesses dos docentes efetivos e ativos que têm os menores vencimentos e recebem o piso estabelecido por legislação federal. Goreske afirma ainda que a oferta do Município sugere uma solução para o argumento do Sinpro de que o “artigo 9º” achata a carreira da categoria. Agendada desde o último dia 23, uma nova rodada de negociações entre as partes está agendada para a próxima segunda-feira. De acordo com Sinpro, a adesão ao movimento corresponde hoje a 80% da categoria, enquanto a Secretaria de Educação afirma que o percentual é de 75%.

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