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Audiência pública discute a situação do Parque de Exposições

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A situação do Parque de Exposições Dr. Adhemar Rezende de Andrade, localizado no Bairro Jóquei Clube, Zona Norte, foi tema de discussão da 6ª audiência pública do atual período legislativo ocorrida na Câmara Municipal de Juiz de Fora, nesta quinta-feira (25). A discussão foi proposta pelo vereador e líder do Governo, Marlon Siqueira (PP), que justifica a necessidade do debate em razão de o local encontrar-se em desuso e sob a ação do tempo. Em vídeo exibido no início da audiência, o parlamentar mostrou imagens do parque, onde não há nenhum tipo de manutenção. A reunião também discutiu a posse e a estrutura do espaço, que foi cedido pelo Município, em 2020, junto a outros imóveis, à autarquia Juiz de Fora Previdência (JFPrev) como forma de amortização de um déficit atuarial no valor de R$ 4 bilhões.

“É muito triste ver a situação atual do Parque de Exposições. Em 2013, quando eu fui secretário (de Agropecuária e Abastecimento), nós fizemos uma ampla reforma no local, recuperamos a madeira, trocamos o telhado. Até nos emociona, porque foi um trabalho em conjunto, também de pessoas que usufruíram do parque por meio das exposições, do fomento à agropecuária. Ali há recursos de produtores locais. Era só uma conservação que queríamos, mas, infelizmente, um patrimônio desta magnitude está abandonado e inutilizado”, disse o vereador, que realizou uma vistoria no local na quarta-feira.

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Durante a reunião, os questionamentos feitos à autarquia giraram em torno da inutilização do espaço. Tanto parlamentares quanto produtores rurais presentes na audiência lamentaram o fato de o espaço não sediar mais eventos de fomento e visibilidade à produção rural e de geração de renda. Além disso, vereadores destacaram o fato de que uma possível alienação do espaço só se daria mediante a aprovação legislativa, conforme prevê a Lei Complementar 115, que reestruturou o regime próprio de previdência social do Município. A possibilidade, entretanto, não foi cogitada pela maioria dos parlamentares presentes.

Parlamentares e produtores rurais lamentaram falta de uso do local (Foto: Fernando Priamo)

JFPrev alega que potencial econômico do local está em estudo

De acordo com a diretora-presidente da JFPrev, Maria Conceição Aparecida da Costa, 2021 foi o primeiro ano de atuação da autarquia, criada em 2020. Com isso, o ano passado foi dedicado a estruturar a autarquia e criar os conselhos deliberativos de Administração e Fiscal. “Os conselheiros foram empossados em novembro do ano passado, após um processo que ocorreu de forma democrática e durou cerca de seis meses. Após essa etapa, foi criado um grupo temático para cuidar especificamente da situação dos imóveis cedidos ao JFPrev”, explicou.

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Conforme Maria Conceição, ainda não existe uma definição do que será feito com esses imóveis. Ela, no entanto, afirmou que está sendo elaborado um estudo para avaliar o potencial econômico do Parque de Exposições. Qualquer decisão, segundo ela, precisa ser avaliada e votada pelos conselhos.

Ao fim da audiência, Marlon Siqueira encaminhou pedido à Comissão de Abastecimento, Indústria, Comércio, Agropecuária e Defesa do Consumidor da Câmara para que sejam convocados os membros do Conselho do JFPrev para que a discussão seja ampliada.

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