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Após suspender trabalhos, Câmara de JF terá votação nesta quarta-feira

Câmara inicia sessões legislativas de março nesta segunda; prazo para mudança de legenda termina no dia 3 de abril (Foto: Fernando Priamo)

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Dois dias após definir a suspensão das sessões ordinárias do período legislativo de março em mais uma medida restritiva de enfrentamento à pandemia da Covid-19, a Câmara Municipal de Juiz de Fora voltará a se reunir nesta quarta-feira (25), quando devem ser realizadas uma sessão ordinária e duas extraordinárias. A agenda foi confirmada à Tribuna pelo presidente da Casa, o vereador Luiz Otávio Coelho (Pardal, PTC). A razão central da marcação do encontro é um projeto de lei de autoria do Poder Executivo que pede ao Legislativo autorização para a abertura de um crédito especial no valor de R$ 30 milhões no orçamento vigente para aporte de capital na Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav). O prazo para a aprovação se expira no próximo dia 30.

Os recursos em questão são oriundos de empréstimo acordado entre o Município e a Caixa Econômica Federal, no âmbito do Finisa – programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento. A contratação do empréstimo já havia sido dada pela Câmara por meio de legislação municipal publicada em maio do ano passado. Porém, agora, é necessário um novo aval legislativo para que os recursos possam ser regularizados nas legislações orçamentárias em vigência. “Esse aporte é fundamental para recuperação da Empav. Caso o projeto de lei não seja aprovado até o final do mês de março, o processo para liberação dos recursos terá que iniciar novamente. Com isso, pode não ter tempo hábil devido ao período eleitoral”, afirma, em nota, a assessoria da Empav e da Secretaria da Fazenda.

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O aporte de recursos na Empav pode acontecer sete meses após a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) ter dado o pontapé inicial em um processo de recuperação da empresa pública. Em 2017, o próprio Município chegou a admitir que a autarquia passava por dificuldades financeiras e estava em situação “pré-falimentar”. Há cerca de um ano, a PJF considerou ainda a função do órgão como difícil, “tendo em vista que o balanço patrimonial líquido é negativo, de aproximadamente R$ 22 milhões, chamado tecnicamente de ‘passivo a descoberto'”.

Exceção

Segundo Pardal, o encontro está confirmado e ocorrerá de forma presencial, diante das questões do prazo colocado. Assim, a mensagem terá sua tramitação, incluindo os pareceres das comissões técnicas da Câmara, e resultará em uma exceção na decisão tomada pela maioria dos vereadores no último sábado de suspender as reuniões ordinárias, em mais uma medida restritiva de enfrentamento da pandemia da Covid-19. Restavam ainda cinco reuniões ordinárias, que ocorreriam entre segunda e sexta-feira, para o fechamento do período legislativo de março.

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Na ocasião, a Superintendência de Direção Legislativa informou que a decisão pela suspensão se deu em razão da saúde pública de servidores e de vereadores, em atenção às recomendações de autoridades de saúde e previsões de decretos restritivos publicados pela Prefeitura de Juiz de Fora e pelo Governo de Minas com o intuito de evitar aglomerações e fomentar o isolamento social como medida para conter o avanço do coronavírus na cidade. Entre os dias 16 e 20 de março, as reuniões parlamentares ocorreram a portas fechadas, sem a presença de populares na Casa para evitar aglomerações.

Vereadores podem rever emendas e indicar recursos

Outras medidas restritivas já haviam sido adotadas desde o último dia 16, como a suspensão dos atendimentos públicos feitos pelo Centro de Atenção ao Cidadão (CAC) e de atividades legislativas como audiências públicas, reuniões de comissões e entrega de títulos, medalhas e moções. Ainda segundo o presidente da Câmara, a Casa acompanha o avanço da pandemia na cidade e estuda a possibilidade de utilizar o uso de tecnologia para realizar sessões de votações de forma remota caso seja necessário.

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Pardal afirmou ainda que os vereadores estudam rever suas indicações de recursos no orçamento municipal por meio de emendas parlamentares, que, a partir deste ano, têm viés impositivo. A possibilidade é de que todos apontem os recursos para as ações de combate ao coronavírus, destinando os R$ 5 milhões de que tratam as emendas a ações de enfrentamento à pandemia.

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