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Estado adia plano estratégico para enfrentamento da microcefalia

(Foto: Pixabay)

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O Comitê de Enfrentamento à Microcefalia da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) adiou a conclusão do Plano Estratégico Estadual, prevista para a última terça-feira (19). O documento prevê ações de fortalecimento da política de atenção, e também contém levantamento epidemiológico e planos para o cuidado integral de crianças infectadas pelo vírus da Zika ou sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes vírus (Z-STORCH).

Conforme a assessoria da SES, o adiamento se deve a dificuldades de conciliação de agendas, já que, para a qualificação do plano, foi realizada articulação com diferentes setores da pasta, que classificou o problema como um ponto dificultador. “Além disso, devido à greve dos caminhoneiros, o Estado de Minas Gerais decretou ponto facultativo entre os dias 25 de maio a 1 de junho, o que resultou em cancelamento de reuniões agendadas para discussão dessa pauta”, afirmou a assessoria, em nota enviada à Tribuna. Ainda não há previsão de uma nova data para a finalização da estratégia.

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O Comitê Técnico Estadual de Fortalecimento das Ações de Vigilância e Cuidado das Crianças Diagnosticadas ou com Suspeita de Síndrome Congênita Associada à Infecção pelo Vírus Zika e outras etiologias infecciosas foi criado com base na Portaria 3.502, que institui a estratégia de fortalecimento das ações de cuidado de crianças nascidas com má formação congênita. Conforme o texto da norma, a ação vai apoiar os Estados, os Municípios e o Distrito Federal para organização do cuidado integral em rede, garantindo a todas as crianças acompanhamento individual, garantindo as necessidades de cada uma.

A primeira reunião do comitê ocorreu em 18 de maio, quando foi estimada a previsão de conclusão do plano. A expectativa é que, por meio do documento, sejam identificados os serviços de saúde e unidades hospitalares que compõem a rede de atenção à saúde das crianças infectadas. A proposta também visa definir as unidades de referência para atendimento dos casos das doenças no estado e vai reunir dados e informações relativas ao protocolo de avaliação das crianças infectadas no Sistema Único de Saúde (SUS). O Estado já recebeu R$ 630 mil do Ministério da Saúde para iniciar os trabalhos, conforme informações da SES.

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Dados

Entre 22 de novembro de 2015 até 29 de dezembro de 2017, foram notificados 693 casos suspeitos de síndrome congênita associada ao vírus Zika ou aos vírus Z-STORCH em Minas. Destes, 96 foram confirmados, 293 foram descartados, um apresentou resultado inconclusivo, 272 permanecem em investigação e outros 31 são casos prováveis. O Estado apresenta ainda dez óbitos em decorrência das síndromes. As notificações incluíram fetos, óbitos fetais, natimortos, abortamentos, recém-nascidos e crianças.
Em 2018, até 21 de maio, foram registrados 225 casos prováveis de Zika Vírus, sendo 55 em gestantes, em 24 municípios. Outros seis casos em gestantes já foram confirmados.

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