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Fenasps convoca greve nacional nesta quarta, e servidores de Minas estudam adesão

O acordo firmado entre o INSS e a Associação dos Cartórios de Registro Civil vai permitir que a família, quando se dirigir ao cartório para realizar o registro de nascimento ou de óbito, possa solicitar o benefício (Foto: Fernando Priamo)

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A Federação Nacional de Sindicatos em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) convocou greve nacional dos técnicos e analistas do seguro social a partir desta quarta-feira (23). O Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social em Minas Gerais (Sintsprev/MG) marcou uma Assembleia Geral nesta terça-feira (22), às 18h, via Google Meet, para tratar sobre a paralisação e trazer um posicionamento. As demandas da categoria envolvem reajuste salarial, profissionalização da carreira do seguro social e revogação da Emenda do Teto de Gastos.

De acordo com Maycon Chagas, servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a demanda do reajuste salarial de 19,99% é a principal reivindicação da categoria no momento e motivou a greve. “São cinco anos sem qualquer reajuste, o último foi em janeiro de 2017. Essa quantia representa apenas as perdas salariais dos últimos três anos”, diz. Além disso, ele explica que a categoria reivindica a revogação da Emenda do Teto de Gastos (EC 95), que congelou gastos públicos por 20 anos, sendo considerada uma das principais responsáveis por impedir que os reajustes e que novos servidores sejam contratados.

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Chagas também aponta que outra questão muito importante para os servidores é a profissionalização da carreira do Seguro Social. “Das 384 carreiras do serviço público federal, a do Seguro Social, que abriga técnicos e analistas do órgão, é a única que possui vencimento básico abaixo do salário mínimo”, explica. Ele também chama atenção que, por isso, é preciso “reestruturar a carreira típica de estado para o seguro social” e rediscutir os processos de trabalho.

Ele também afirma que o INSS perdeu cerca de metade de sua força de trabalho nos últimos anos em virtude das aposentadorias, e por não ocorrer novos concursos desde 2015, não há renovação de profissionais. Ainda conforme o servidor, com os efetivos aderindo à greve, “as análises de benefícios que já estão bem atrasadas devido à alta demanda e à falta de servidores deve atrasar ainda mais”.

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