Juiz-foranas vão se reunir, na próxima segunda-feira, em um protesto que pede o fim da violência contra a mulher. A marcha, organizada por coletivos feministas, organizações estudantis e outras entidades, vai às ruas também contra o Projeto de Lei 5.069, que dificulta o aborto legal em caso de estupro, e pede a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O protesto marca ainda o “Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher”, celebrado em 25 de novembro, quarta-feira.
A concentração da marcha está marcada para as 18h, no Parque Halfeld, Centro, e o trajeto depende do número de pessoas presentes no ato. As manifestantes pretendem sair pelo Calçadão da Halfeld até a Praça Antônio Carlos. Contudo, caso o número de participantes seja maior, o protesto seguirá pelas avenidas Rio Branco, Itamar Franco até a Praça Jarbas de Lery, no Bairro São Mateus, Zona Sul. Conforme as organizadoras, a marcha contará com batucada, intervenções artísticas e encenações de cenas de violência contra a mulher.
Conforme uma das organizadoras, Rayssa Oliveira, já houve a confirmação de mais de 1.500 pessoas no evento, que será um movimento em continuidade a outros que têm ocorrido em todo o país. “Este projeto de lei é um absoluto retrocesso e vai prejudicar a vida das mulheres. São milhares que morrem nas clínicas de aborto clandestino, e isso só vai aumentar. Lutamos contra esse projeto e pretendemos conscientizar a população sobre a violência contra a mulher”, explica.
Outra organizadora, Laiz Perrut, explica que o movimento está sendo organizado de forma coletiva e que serão tratados sete temas na marcha. São eles: violência; violência obstétrica; feminicídio; violência contra mulheres trans, lésbicas e bissexuais; violência doméstica; violência contra mulheres negras; o Fora Cunha e o Fora PL 5.069. “A marcha surgiu inicialmente como forma de marcar o dia 25, mas como as denúncias contra Cunha começaram a se intensificar, decidimos aglomerar todas as bandeiras. A violência doméstica é uma das que mais acontece em Juiz de Fora, e é um dos motivos que estamos fazendo este movimento na cidade.”