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Candidaturas derrotadas em Juiz de Fora não têm definição de alianças

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Nas próximas duas semanas, os candidatos que seguem na corrida pela Prefeitura de Juiz de Fora – Margarida Salomão (PT) e Wilson Rezende (PSB) – devem definir novas alianças para conseguir os votos necessários para assumir a chefia do Executivo municipal em 2021. Nesta segunda-feira (16), a Tribuna ouviu os nove concorrentes à Administração Municipal que não conseguiram avançar para a próxima etapa. Eles fizeram uma avaliação da disputa até o dia 15 de novembro e sobre as possíveis articulações. Até agora, no entanto, os apoios aos demais candidatos seguem indefinidos. A reportagem fez contatos com todos, mas apenas a deputada estadual Sheila Oliveira (PSL) e o engenheiro Eduardo Lucas (DC) não responderam.

Ione Barbosa

Fora da disputa, a delegada Ione Barbosa (Republicanos), que figurou na terceira colocação na corrida eleitoral, demonstra satisfação com a quantidade de votos que conseguiu. “Foi expressiva, e o meu voto foi um voto conquistado. É um voto consciente e isso que importa. As pessoas aderiram realmente ao projeto, que é um projeto de cidade, e não pessoal, então estou muito feliz.” Ione ainda não definiu apoio para o segundo turno, mas afirma que deve se posicionar. “Claro que eu gostaria de ter ido para o segundo turno. Nós trabalhamos para isso e faltou muito pouco, mas o poder econômico, mais uma vez, esteve presente”, diz. “Saio com a cabeça erguida com a certeza de que viemos propor nossas ideias, trabalhar para todos.”

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Aloizio Penido

Para Aloizio Penido (PTC), que teve o apoio de 2.478 eleitores, os resultados “disseram muito do eleitor mais do que dos candidatos”. Ele destaca o trabalho da equipe durante a campanha eleitoral e adianta que ainda não houve definição de apoio para o segundo turno, sendo que ainda está em conversas para esta decisão. “Fizemos uma campanha sem alianças e sem fundo eleitoral, mas com muito apoio das pessoas que acreditaram no projeto de mudança da cidade”, afirma. “Espero que a população de Juiz de Fora escolha o que for o melhor para liderar a nossa cidade.”

Lorene Figueiredo

A avaliação de Lorene (PSOL) sobre a disputa foi positiva. A candidata obteve 2.381 votos e abriu espaço para que o partido conquistasse a primeira cadeira na Câmara Municipal. “Estamos muito felizes pela forma como as pessoas nos receberam, dizendo que nossa campanha emocionou e recuperou a esperança de fazer política. Assim, conseguimos chegar pela primeira vez ao Legislativo com a candidatura da Tallia”, afirma. “Sabíamos da possibilidade de que esta receptividade não se expressasse em votos, repetindo o fenômeno Boulos de 2018. Mas cumprimos o papel de pautar o debate político.” Sem posicionamento oficial sobre apoio ao segundo turno, informou apenas que sua campanha está pautada “nas lutas sociais e dos trabalhadores”, o que a distingue de algumas candidaturas e a aproxima de outras. “Estamos abertos ao diálogo.”

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Marcos Ribeiro

Candidato pelo partido Rede, Marcos Ribeiro teve 1.952 votos. Ele ainda não definiu apoio, mas afirmou que deve se reunir com sua equipe para um posicionamento oficial. “A respeito do segundo turno, ainda é prematura a manifestação. No meu pensamento, nenhuma das duas candidaturas representa a renovação que a cidade merece.” À Tribuna, Marcos Ribeiro fez uma avaliação positiva de sua campanha, apesar das dificuldades da pandemia. “Apresentamos propostas, pois acreditamos que a política é discutida no campo das ideias, não com valores. Foi a campanha majoritária com menor investimento porque acreditamos que as pessoas têm valor, não preço”, afirma. “Há muito tempo, a cidade vem na mão de dois, três partidos, o que é muito prejudicial. Acreditamos que é preciso ter uma renovação mais periódica no poder.”

General Marco Felício

À Tribuna, o General Marco Felício (PRTB) destacou o trabalho de sua campanha, apesar de recursos limitados, de acordo com o candidato. Com 1.813 votos , ele figurou em nono na disputa pela PJF. “Ao final do primeiro turno, vemos que cada povo tem o governo que merece. É o que ocorreu com o apoio de rábulas manipulando a lei e de um povo, em sua maioria, intoxicado ideologicamente por militantes de esquerda e que dominam as escolas e universidades, a cultura em geral e as redes sociais, com a conivência silenciosa, de falsas e inertes lideranças contrárias e que se dizem de direita (??) [sic.]”.

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Fernando Elioterio

Para Fernando Elioterio (PCdoB), que teve 1.807 votos, o primeiro turno trouxe desafios e proporcionou experiência para seu partido. “As imposições da legislação eleitoral, cada vez mais restritiva e voltada ao impedimento do regular funcionamento das organizações partidárias, interferem e nos obrigam a adotar estratégias de disputas eleitorais que, muitas vezes, não representam o melhor no campo de alianças da esquerda. Nossa experiência nos proporcionou a possibilidade de refletir sobre novas e necessárias estratégias de organização e mobilização partidária”, afirmou, acrescentando que, para o segundo turno, “o PCdoB estará ao lado do que melhor representa os anseios dos trabalhadores, das lutas feministas, dos movimentos sociais e daqueles que lutam e resistem contra o racismo, contra o preconceito e contra as desigualdades”.

Victória Mello

Por meio de nota enviada pelo PSTU, Victória Mello informou que o partido deve se reunir para discutir seu posicionamento quanto à próxima etapa das eleições municipais. A candidata teve 353 votos (0,14%) no primeiro turno. “Nas eleições burguesas, o poder econômico e a desigualdade na divulgação do programa definem a maior parte dos resultados”, avalia o PSTU. “Deixamos bem claro que somos contra todo e qualquer privilégio para a burguesia e políticos, e defendemos que a classe trabalhadora se organize e governe a cidade.”

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