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Movimento Escolas Abertas realiza vigília na porta da PJF

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Em favor do retorno às aulas presenciais e ou de forma híbrida em Juiz de Fora, integrantes do Movimento Escolas Abertas realizaram, na tarde desta segunda-feira (17), um ato, no saguão do prédio da Prefeitura. Com faixas e cartazes, com dizeres como: “Boniteza é criança na escola” e “Escola é atividade essencial”, os participantes queriam chamar a atenção da gestão Municipal, uma vez que consideram que, há mais um ano com as portas dos colégios fechadas, a aprendizagem e o bem-estar psicológico dos estudantes possam ficar prejudicados.

“Nossos filhos estão adoecendo, não estão aprendendo. A perda é imensa, e há estudos suficientes que mostram que, com os protocolos devidos, é possível voltar às aulas presenciais de forma segura”, afirmou Débora Giacomini, uma das lideranças do grupo.

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Segundo ela, como estava agendada para a tarde desta segunda uma reunião entre Ministério Público e Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), para esclarecimento dos motivos pelos quais a Administração ainda não liberou as aulas presenciais, o Movimento Escolas Abertas decidiu pela manifestação.

Ato com cartazes e crianças foi realizado durante reunião entre a Gestão municipal e o Ministério Público (Foto: Fernando Priamo)

“Já existe um protocolo sanitário pronto, que foi executado pelo Grupo de Trabalho (GT) criado pela PJF com esse objetivo, mas ainda não foi publicado. E esse é um dos questionamentos do Ministério Público. Assim, em razão dessa reunião, resolvemos fazer essa vigília para dar apoio ao Ministério Público e para servir de pressão sob a Prefeitura, a fim de que haja a liberação das escolas dentro dos protocolos sanitários e pedagógicos”, disse, ressaltando que o movimento é composto por pais e mães de alunos de escolas públicas e privadas. Débora é mãe de dois filhos, que cursam o terceiro ano do ensino fundamental e se diz preocupada com o impacto da falta da escola na vida das crianças.

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“Particularmente, na minha casa, pela assistência que dou, pela estrutura que podemos dar para nossos filhos, não vejo dificuldade no aprendizado. O que sentimos mais é a falta de convívio, a ausência do desenvolvimento de uma socialização, algo que eles não vão recuperar por mais que a gente tente suprir de alguma forma entre a família. Todavia, isso não é suficiente, porque o convívio com a diversidade de formatos de educação, estruturas familiares diferentes, isso eles estão perdendo. Há uma preocupação, porque ficamos sabendo de outros pais que as crianças estão desinteressadas, muito ligadas a jogos e à internet, desenvolvendo um quadro de obesidade, de depressão e muitas queixas de outros sentidos em razão da falta da escola”, argumenta.

Como a Tribuna publicou em matéria, neste domingo (16), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), durante a reunião, pretende sanar dúvidas e receber, por parte da gestão municipal, um documento formal e cientificamente fundamentado, abordando as condições definidas pela PJF para o retorno das atividades escolares presenciais e a publicação do protocolo sanitário elaborado pelo Grupo de Trabalho, criado pela PJF, envolvendo diversos segmentos com interesse na questão.

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Sobre os questionamentos do grupo que manifestou na frente de sua sede, a Prefeitura afirmou que não iria se posicionar. Até o fechamento desta matéria, ainda não havia informações sobre como foi a reunião entre Ministério Público e PJF.

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