Embora com quatro candidaturas a menos, o primeiro turno das eleições municipais de 2020 encerrou-se, no último domingo (15), com um cenário similar àquele do pleito de 2016. A exemplo de quatro anos atrás, as eleições municipais terminaram a primeira etapa com ao menos três candidaturas competitivas, bem como com os percentuais similares de votação dos dois mais bem colocados. As circunstâncias confirmam a tradição eleitoral juiz-forana de levar o pleito à decisão em segundo turno, ao menos desde 1992. Apenas Carlos Alberto Bejani, em 1988, ainda pelo PRN, fora eleito em 1º turno.
Apesar de Bruno Siqueira (MDB) e Margarida Salomão (PT) terem sido qualificados para o segundo turno em 2016, os candidatos Noraldino Júnior (PSC) e Wilson Rezato (PSB) tiveram votações expressivas, uma vez que registraram, respectivamente, 17,72% e 16,82% dos votos válidos à época. Neste ano, além de Margarida e Wilson, as candidatas Ione Barbosa (Republicanos) e Sheila Oliveira (PSL) também despontaram como candidaturas competitivas, ainda que a deputada estadual tenha encerrado a própria participação em trajetória descendente, com menos da metade dos votos de Ione, por exemplo. A candidata do Republicanos foi votada por 56.699 eleitores (21,83%); já Sheila, por 26.068 juiz-foranos (10,04%).
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Por outro lado, Margarida e Wilson chegam ao segundo turno com números muito similares àqueles registrados por Bruno e pela própria deputada federal há quatro anos. Aliás, a diferença é que os papéis da petista foram invertidos. Em 2016, o emedebista fez 39,07% dos votos do colégio eleitoral juiz-forano, ou seja, 103.872 votos. Neste ano, Margarida, com 102.489 votos recebidos, somou 39,46% dos votos válidos, ou seja, apenas 1.383 a menos do que Bruno. Por sua vez, há quatro anos, a deputada federal, então segunda colocada no 1º turno, recebeu 59.506 votos (22,38%). Já Wilson, no último domingo, encerrou a participação no primeiro turno com 59.633 votos (22,96%), apenas 127 votos a mais do que Margarida há quatro anos.
Eduardo Lucas lidera segundo pelotão
Já o segundo pelotão de candidaturas à PJF foi liderado pelo engenheiro Eduardo Lucas (DC), que fora o candidato a vice-prefeito de Lafayette Andrada nas eleições municipais de 2016. Como cabeça de chapa, Eduardo recebeu 4.048 votos (1,56%). Em seguida, figuraram o pastor Aloizio Penido (PTC) e a professora Lorene Figueiredo (PSOL). Aloizio recebeu 2.478 votos (0,95%) e Lorene, 2.381 (0,92%), inferior ao desempenho da correligionária Maria Ângela (PSOL) há quatro anos, quando a então candidata psolista recebeu 2.744 votos.
Na oitava colocação geral, o advogado Marcos Ribeiro (Rede) recebeu 1.952 votos (0,75%) na primeira empreitada do candidato e do próprio partido como cabeças de chapa nas eleições majoritárias juiz-foranas.
Atrás de Marcos, o general reformado do Exército Marco Felício (PRTB), que disputou o Executivo sub judice em razão de irregularidades atestadas pela Justiça Eleitoral em prestação de contas referente às eleições de 2018. Felício recebeu 1.813 votos (0,70%), apenas seis a mais do que o servidor público federal Fernando Elioterio (PCdoB), com 1.807 votos.
A professora e sindicalista Victória Mello (PSTU), por sua vez, ficou na última colocação, com apenas 353 votos (0,14%), percentual inferior ao conquistado pela candidata nas eleições de 2016 e 2012, quando somou, respectivamente, 0,62% e 0,96% dos votos válidos.
Abstenção
Dos 410.339 eleitores juiz-foranos aptos a votar, 296.356 foram às urnas, ou seja, o índice de comparecimento foi de 72,22%. Por outro lado, 113.983 não votaram, o levou o índice de abstenção para 27,78%. Dentre o número de votos computados, 99,3% foram de votos válidos, 8,13% de nulos e outros 4,23% de brancos.