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Secretário estadual diz que pico de Covid-19 em Minas foi retardado para fim de maio

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Durante entrevista coletiva à imprensa, realizada de forma virtual na tarde desta quinta-feira (16), o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, afirmou que as medidas de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus estão surtindo efeito. De acordo com ele, a expectativa é de que, em Minas Gerais, o pico da incidência do coronavírus ocorra no dia 27 de maio, data em que deve haver o maior número de infectados em um único dia. “A estimativa é de que 4.200 pessoas sejam acometidas pela doença no estado”, ressaltou.

O gestor da pasta explicou que, na semana passada, cálculos davam conta de que o pico de contágios aconteceria entre 3 e 4 de maio, com 5.500 pessoas doentes simultaneamente. Com a manutenção do isolamento social, no entanto, o ápice da pandemia em Minas foi retardado em 24 dias, reduzindo em 1.300 o número de vítimas em Minas.

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Amaral ainda teceu elogios ao comportamento do povo mineiro. “As pessoas estão seguindo o distanciamento social, fazendo o que deve ser feito”, destacou, parabenizando a população do estado.

Impactos econômicos

Os secretários de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, de Planejamento e Gestão, Otto Levy, e de Governo, Igor Eto, e o secretário-geral, Mateus Simões também participaram da coletiva. Conforme Gustavo, até o dia 13 de abril o Estado teve uma perda de 36% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Já em relação ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) a retração foi maior, de 44%. Ele disse ainda que, para abril, é aguardada uma perda de R$ 1,150 bilhão de arrecadação. Para abril, o prejuízo deve chegar a R$ 2,5 bilhões.

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Novamente, a queda do PIB foi tema da reunião. A previsão é de que a perda pode ultrapassar os R$ 7,5 bilhões, previstos anteriormente. “Nós já começamos a rever este número, uma vez que o valor de R$ 7,5 bilhões era de uma projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 4%. Hoje, os especialistas falam em 5,5%. Isso quer dizer que a perda de arrecadação pode ultrapassar os R$ 7,5 bilhões”, alertou.
Em razão da crise, os secretários anunciaram que será suspensa temporariamente a concessão do abono fardamento e do um terço das férias dos servidores. “É com muita tristeza que faço este anúncio. É importante reafirmar que não estamos cancelando os direitos. Assim que a retomada da arrecadação for resolvida, nós iremos pagar”, explicou Otto Levy.

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