A Comissão de Defesa da Pessoa com Deficiência da Câmara Municipal de Juiz de Fora (CMJF) realizou uma reunião, na manhã desta quarta-feira (16), para debater as dificuldades enfrentadas por essa população no município. Maurício Delgado, presidente da comissão, abriu a pauta anunciando que a “tão sonhada audiência deve ser realizada no próximo mês, será uma oportunidade de debater nossas propostas”.
Um dos pontos tratados foi a empregabilidade para pessoas com deficiência (PcD), que é um grande problema na cidade, conforme contou Marcelina do Nascimento, que tem paralisia cerebral. “Não existe aqui nenhuma empresa disposta a viabilizar parcerias para adaptar seus mecanismos para empregar pessoas com deficiência. Elas fazem isso porque acreditam que custa caro”. Para Maurício Delgado, a solução para o impasse é a conscientização. “Precisamos conscientizar as pessoas e empresas da importância de capacitar e empregar as PcD”.
Para o vereador Marlon Siqueira (PP), o melhor projeto social é o emprego. “Por isso, precisamos defender a empregabilidade das pessoas com deficiência, principalmente no setor público.”
Além da empregabilidade, a criação de uma associação de cão-guia foi outro ponto solicitado na reunião. Segundo Luciene Martins, deficiente visual, o cão auxilia mais do que a bengala. Germano Rizzo, funcionário da Associação dos Cegos de Juiz de Fora, comentou que não há em Minas Gerais entidade voltada para esse setor e, por isso, o projeto vai agregar muito na cidade e região.
Por fim, foi discutido sobre os equipamentos públicos disponíveis para as pessoas com deficiência. Segundo as pessoas com deficiência, em toda troca de gestão, há mudança no método para renovação da carteirinha e quase sempre os dados se esvaíram.