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Vereadores da Zona da Mata se mobilizam por regulamentação da enfermagem

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Representantes de 50 Câmaras legislativas da Zona da Mata mineira estiveram reunidos nesta quarta-feira (15), no Palácio Barbosa Lima, em Juiz de Fora, para uma ação de apoio aos profissionais de enfermagem. A mobilização conjunta objetivou reunir forças para pedir ao Senado federal que coloque em votação o Projeto de Lei 2.564, de 2020, que altera a regulamentação da profissão, instituindo piso salarial e carga horária. O encontro foi proposto pelo presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora, Juraci Scheffer (PT), e resultou na assinatura de um documento de apoio à classe, que inclui enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares.

A reunião aconteceu de forma presencial – embora alguns dos 50 presidentes de câmaras municipais da região tenham participado de forma virtual – e também contou com representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu-JF); da Federação Única Democrática de Sindicatos das Prefeituras, Câmaras Municipais, Empresas Públicas e Autarquias de Minas Gerais (Feserp-MG); e da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais e Estaduais do Paraná (Fesmepar). Entre os vereadores de Juiz de Fora, além do presidente da Casa, estiveram presentes Marlon Siqueira (PP), Vagner de Oliveira (PSD), Nilton Militão (PSB) e João Wagner Antoniol (PSC). Todos também manifestaram estarem ao lado da causa.

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Parlamentares demonstraram apoio ao Projeto de Lei 2.564, de 2020, que altera a regulamentação da profissião dos enfermeiros (Foto: Jéssica Pereira)

“O vereador é importante porque é por meio dele que a sociedade é ouvida e, sem o voto, sem a política, não há representatividade. Na saúde é a mesma coisa. Sem os enfermeiros, sem os auxiliares, não há cuidado. Eles são a linha de frente”, disse Scheffer ao abrir o encontro. Ele lembrou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) para a população e pontuou que a iniciativa, além de aproximar a categoria, visava a elaborar o documento para ser enviado ao Senado.

A diretora de Saúde do Sinserpu, Deise Medeiros, ressaltou que o piso salarial e a jornada de trabalho dos profissionais de enfermagem são discutidos há anos, e a expectativa da classe é que a situação seja solucionada com a aprovação do projeto de lei. “Com a pandemia, vidas da enfermagem estão sendo ceifadas. Nós estamos de luto. Paramos de vestir branco para vestir preto. Para piorar, não temos apoio do Governo federal, que ignora a nossa realidade.”

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Para o parlamentar João Wagner Antoniol, o projeto de lei corrige injustiças. “Sou casado com uma enfermeira e sei o tamanho da dedicação em prol de outras pessoas. Mas precisamos questionar muitas coisas, por exemplo: por que dentro da saúde tem uma discrepância salarial tão grande? Eu sei de perto o que vocês abdicam para cuidar de outras pessoas.”

‘Vida dedicada ao próximo’

Já o representante do Legislativo de Rio Novo, Jordão Amorim (PP), contou sua própria história como técnico de enfermagem. Ele inclusive atuou na linha de frente de combate à Covid-19. “Vi pessoas se afogando sem ter água. Vi gente sofrendo e perdi muitos colegas de trabalho. Quero agradecer por darem esse passo a quem dedica a vida ao próximo e não tem um piso salarial garantido. A enfermagem está rastejando, e precisamos desses passos para o seu reconhecimento.”

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Também enfermeiro, o presidente da Câmara de Maripá de Minas, João Paulo Francisquini (DEM), enfatizou que a profissão é a única que não tem piso salarial definido por lei. “Os enfermeiros são os profissionais que mais se envolveram e se envolvem na luta contra a Covid-19 e também no processo de vacinação. É fundamental que a enfermagem seja reconhecida e tenha dignidade.”

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