Atualizada às 17h54
A Comissão de Ética e do Decoro Parlamentar da Câmara Municipal, formada pelos parlamentares José Fiorilo (PDT), Nilton Militão (PTC) e Oliveira Tresse (PSC), pretende iniciar as investigações a respeito do caso envolvendo o vereador João do Joaninho (DEM), suspeito de envolvimento em crime ambiental, a partir de informações que estão em poder da Polícia Civil. Após reunião, realizada às portas fechadas na Câmara na manhã desta segunda-feira (15), o presidente do grupo, Fiorilo, se encontrou à tarde com a delegada Dolores Tambasco, titular do Núcleo de Atendimento às Ocorrências de Maus-Tratos a Animais, da Polícia Civil de Juiz de Fora. O depoimento de João do Joaninho é esperado para acontecer às 15h desta terça-feira.
“Nos reunimos para traçar as condutas para verificar o que faremos após os fatos ocorridos. Precisamos nos inteirar dos fatos, com base em informações oficiais partidas de uma autoridade policial. Após o encontro com a delegada Dolores, a comissão irá se reunir para discutir os próximos passos”, disse Fiorilo. O presidente destacou, ainda, que a comissão quer tomar as medidas que cabem ao caso. “A partir dos fatos levantados é que iremos tomar as decisões. Não iremos nos omitir e iremos seguir rigorosamente o que consta no regimento interno da Casa”.
[Relaciondas_post]Conforme Fiorilo, João do Joaninho ainda não foi convocação pela comissão para prestar seu depoimento. O vereador, por sua vez, também não fez nenhum contato desde o ocorrido. A assessoria de comunicação da Câmara informou que a exoneração do vereador ao cargo de presidente da Comissão de Urbanismo, Transporte, Trânsito, Meio Ambiente e Acessibilidade será formalizado ainda nesta tarde. Com a saída de Joaninho, o vereador Roberto Cupolillo (Betão-PT), que é suplente, assume como membro. A presidência, no entanto, será definida nos próximos dias. Fazem parte da comissão Militão e André Mariano (PMDB).
Fora do flagrante
A delegada Dolores Tambasco informou que pretende ouvir o vereador, além dos policiais militares que fizeram a operação e proprietários de imóveis na Represa de Chapéu D’Uvas. Ela disse ainda que não cabe mais o pedido de prisão ao vereador, pois já encerrou-se o flagrante, e pelo fato de que o parlamentar não estava em local desconhecido.
Mesa diretora
Em entrevista à rádio CBN na manhã de hoje, o presidente da Mesa Diretora do Legislativo juiz-forano, vereador Rodrigo Mattos (PSDB), falou sobre o trabalho da comissão. “Os vereadores vão analisar os autos para definir se haverá punição. A mesma será votada em plenário pelos outros parlamentares. Existem várias punições, sendo que a mais grave é a perda do mandato”, explicou Rodrigo. O presidente ainda pontuou que será assegurado o direito de defesa a João do Joaninho, que será convocado a prestar depoimento à comissão. “Isto tudo faz parte de um processo, que não é imediato e não possui prazo regimental para definição.”