O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, voltou a ressaltar, durante coletiva virtual concedida à imprensa na tarde desta quarta-feira (15), a necessidade de manutenção do isolamento social para o controle do coronavírus. Ele afirmou ainda que vê com otimismo a forma como o Estado e a população vêm lidando com a situação decorrente da pandemia.
De acordo com ele, o isolamento social é imprescindível para conter o avanço da Covid-19. Na mesma linha, o secretário adjunto de saúde, Luiz Marcelo Cabral Tavares, afirmou que o Estado tem condições de enfrentar a crise. “É importante frisar que o distanciamento social protege as pessoas.”
Ao ser questionado sobre a possível saída de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde e sobre como isso impactaria o trabalho que já vem sendo realizado em Minas, Carlos Eduardo Amaral disse que confia na atuação dos técnicos que estão na lida no Ministério. “Uma liderança é fundamental, mas, por outro lado, esse grupo técnico vai permanecer, e Minas Gerais tem um bom relacionamento com o Ministério. Assim, não considero haver prejuízos para nosso estado”, disse.
O gestor da pasta ainda mencionou o trabalho dos profissionais de saúde de Minas, destacando que na rede da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) há cinco casos suspeitos, três confirmados e 63 servidores com síndrome gripal que foram afastados do trabalho. “O grupo de profissionais que mantém contato com os portadores de coronavírus está passando, diariamente, por avaliação. Aqueles com mais de 60 anos estão afastados do serviço, assim como aqueles que estão com síndrome gripal. Todos estão sendo acompanhados”, assegurou.
Hospitais de campanha
O secretário afirmou ainda que nas regionais de saúde do estado há mais de 5.900 leitos desocupados, e, por esta razão, ainda não vê a necessidade da construção de hospitais de campanha no interior do estado. “Mas isso depende do avanço da epidemia, e usaremos essa estrutura que já está pronta. Caso seja necessário, tomaremos as providências cabíveis no que diz respeito aos hospitais de campanha”.
Vacinação
Carlos Eduardo Amaral aproveitou ainda para reforçar a necessidade de as pessoas pertencentes ao público-alvo se vacinarem contra a gripe. A partir desta quinta-feira (16), tem início a segunda fase da campanha de vacinação, e as doses serão destinadas a profissionais das forças de segurança e salvamento, motoristas e cobradores de transporte coletivo e doentes crônicos. Os caminhoneiros e motoristas de transporte coletivo deverão apresentar, no ato da vacinação, sua carteira de habilitação, categoria D ou E. Cobradores devem apresentar a carteira de trabalho, e os doentes crônicos devem levar a prescrição médica.
O secretário ressaltou a importância da vacinação entre os caminhoneiros e fez um chamamento a fim de que a categoria compareça e faça sua imunização, enfatizando que os postos de saúde de todas as cidades mineiras estão prontos para atendê-los. Segundo Amaral, a primeira fase da vacinação foi concluída com êxito, com a imunização de 2,5 milhões de pessoas em todo o estado.