Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Juiz de Fora (Sinttro) realizaram manifestação, na manhã desta segunda-feira (14), contra a possibilidade de rescisão do contrato com o Consórcio Manchester e a perda de 1.200 postos de trabalho mantidos pela empresa. Após o ato, a prefeita Margarida Salomão (PT) afirmou que irá criar um plano de contingência para que os trabalhadores não sejam prejudicados.
Durante a manifestação, que teve início na Praça da Estação e foi até o prédio da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) na Avenida Brasil, dois representantes do sindicato e três trabalhadores rodoviários se reuniram com a chefe do Executivo para apresentar as reivindicações. A prefeita, em seguida, divulgou um vídeo nas redes sociais afirmando que irá constituir um programa de contingência para que os trabalhadores tenham seus direitos garantidos.
Ela conta que, em média, o Consórcio Manchester comete irregularidades cerca de seis vezes por dia, enquanto o Via Juiz de Fora tem registrado uma infração a cada 24 horas. “Há uma diferença de qualidade entre eles”, reforça. Por isso, afirma que, apesar de ter a necessidade de o consórcio dar uma resposta à Prefeitura, a partir do processo administrativo que está sendo empenhado, isso não pode prejudicar os trabalhadores. “Vamos constituir um programa de contingência para que, seja o que acontecer, os trabalhadores tenham seus direitos garantidos, tenham seus trabalhos e empregos. Vamos continuar lutando para termos o melhor transporte público possível e, ao mesmo tempo, que os trabalhadores dessa área tenham todos os direitos respeitados”, afirma.
O vice-presidente do Sinttro, Claudinei Janeiro, afirma que a reunião estabelece um “diálogo saudável para assegurar os postos de trabalho desses trabalhadores. Seja uma empresa ou outra, queremos a garantia do emprego. Estamos aqui pelo trabalhador”. Ele conta que nesta terça-feira (15) os trabalhadores se reunirão novamente com a prefeita para começar a acertar os detalhes.
Manifestação cobrava diálogo
Durante a manifestação, a categoria cobrou por mais diálogo durante as decisões relativas ao Consórcio. “A Prefeitura simplesmente está cassando a empresa que está cumprindo com as obrigações. É claro, existem coisas para afinar, mas a gente está aqui para defender os trabalhadores”, diz Janeiro.
Além disso, o vice-presidente aponta que o problema pode não ser resolvido facilmente. “Vai trocar uma empresa pela outra, sendo que o sistema está defasado monetariamente. Teria que fazer um investimento maior no sistema. Todas as empresas estão sofrendo os mesmos problemas com relação a valores”, afirma.