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Grupo reúne mais de um milhão de mulheres contra Bolsonaro

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Apesar de liderar as pesquisas mais recentes para a corrida presidencial, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem no alto índice de rejeição o maior entrave para chegar ao Palácio do Planalto. De acordo com o estudo do Ibope, divulgado na última terça-feira (11), ele aparece em primeiro lugar com 26% das intenções de voto, mas também é o nome mais citado quando a pergunta é “em quem você não votaria de jeito nenhum?”, com 41%. A rejeição ao deputado encontra forças em segmentos da sociedade que não se sentem representados pelo discurso do candidato. Este é o caso de um grupo de mulheres criado há duas semanas no Facebook: “Mulheres unidas contra Bolsonaro”. Na madrugada desta quarta-feira (12), ultrapassou a marca de 1 milhão de usuárias. Além de discussões políticas na plataforma, o grupo pretende realizar atos em diferentes localidades. Em Juiz de Fora, uma passeata está marcada para o próximo dia 29, sábado, no Parque Halfeld, no Centro, às 11h.

A iniciativa é apartidária e reúne mulheres de esquerda e direita que têm em comum o desejo de não ter Bolsonaro na Presidência da República. Na descrição, o grupo se define como “a união das mulheres de todo o Brasil (e das que moram fora do Brasil) contra o avanço e o fortalecimento do machismo, da misoginia e de outros tipos de preconceitos representados pelo candidato Jair Bolsonaro e seus eleitores. Acreditamos que este cenário que em princípio nos atormenta pelas ameaças às nossas conquistas e direitos é uma grande oportunidade para nos reconhecer como mulheres. Esta é uma grande oportunidade de união! De reconhecimento da nossa força!” Dentre as participantes, estão moradoras de todos os estados e regiões, além de pessoas que moram fora do Brasil.

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As regras do grupo proíbem discursos de ódio ou bullyng, solicitam o tratamento sempre gentil e simpático entre as usuárias e permitem postagens fixas com as propostas de campanha dos outros presidenciáveis para que as eleitoras possam pesquisar antes de decidir o voto. Na madrugada desta quarta-feira (12), quando o grupo bateu a marca de um milhão de usuárias, uma das administradoras agradeceu o apoio. “Então somos um milhão! Um milhão de vozes que gritam e exigem serem ouvidas, somos um milhão de olhos que miram um futuro que nos contemple, um milhão de braços erguidos pela luta, um milhão de corpos que existem e resistem, de corpos que não aceitam serem violados, deixados de lado. Somos um milhão de mulheres que não performam o papel de coadjuvantes!” O texto prossegue e destaca a importância da inserção da mulher na política. “Que esse marco seja também uma homenagem a nossas antepassadas, que com muita luta conseguiram colocar a mulher como ser político dentro da sociedade. Nosso discurso não bate… argumenta, não pune … ensina!”

No Twitter, a hashtag #MulheresContraBolsonaro atingiu mais de 5 mil marcações e está entre os assuntos mais comentados nesta quarta, e incluía a parabenização de homens à iniciativa. A equipe de campanha do candidato não se manifestou até o momento sobre o assunto.

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