A Polícia Federal indiciou o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência e falsidade ideológica eleitoral. Pimentel é suspeito de ter utilizado os serviços de uma gráfica durante a campanha eleitoral de 2014 sem a devida declaração dos valores e de ter recebido “vantagens indevidas” do proprietário deste empreendimento.
O indiciamento ocorreu dentro das investigações da “Operação Acrônimo”, que apura suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de sobrepreço e inexecução de contratos com o Governo federal desde 2005. A decisão consiste numa conclusão do delegado sobre suspeitas de um investigado e precede a formulação de denúncia pelo Ministério Público, que pode ou não concordar com as conclusões da PF.
O relator da Acrônimo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia analisado, em março, o pedido da PF e autorizado o indiciamento. A PF havia informado que só indiciaria após o depoimento do governador. Segundo a polícia, o interrogatório estava marcado para última sexta-feira, mas ele não compareceu.