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Agressor de Bolsonaro conta detalhes sobre o esfaqueamento; veja vídeo

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“Foi um incidente, um imprevisto que terminou de forma problemática (…), um ferimento, pretendia dar uma resposta, um susto, uma coisa dessa natureza”. Assim Adelio Bispo de Oliveira, 40 anos, descreve o esfaqueamento de 12 centímetros de profundidade no candidato Jair Bolsonaro (PSL). O depoimento faz parte do vídeo da audiência de custódia, ao qual a Tribuna teve acesso com exclusividade (veja vídeo abaixo).

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Em 11 minutos de depoimento perante a juíza da 2ª Vara Federal, Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho e a procuradora da República em Juiz de Fora, Zani Cajueiro, Adelio Bispo contou detalhes sobre a agressão ao candidato do PSL. Ele confessou o viés político e religioso por trás do atentado. “Eu, como milhões de pessoas, me sinto ameaçado com o discurso que o cidadão (Bolsonaro) tem feito.”

Após o esfaqueamento, Adelio contou que foi espancado por militantes presentes no ato e levado para um loja. Ali foram iniciados os interrogatórios do crime. Minutos depois, foi levado para a sede da Polícia Federal. Cerca de uma hora após chegar na PF é que Adelio teve acesso aos advogados. Não falou com nenhum familiar, pois não sabia de cabeça o número de celulares dos familiares. O seu telefone já havia sido apreendido. Às 2h30 de sexta (7), Adelio foi encaminhado para o Ceresp.

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Na cadeia, ele dividiu uma cela com duas camas com outras seis pessoas. Sofreu ameaças. Um dos líderes da prisão disse que ele teria matado os sonhos do presidente dele, ameaçando-o de estupro e agressão. Os agentes eram provocativos. “Da parte dos agentes, foi provocação contínua, bate-boca, se posicionando politicamente ao lado da outra pessoa (Bolsonaro)”, relata.

Sobre os medicamentos, ele disse ter usado um “extremamente forte”, mas não se lembrava o nome. Também relatou que já fez uso de Pamelor 50mg, remédio que alivia sintomas de depressão, e um terceiro, o qual não se recorda o nome. Neste momento, afirmou que não faz uso de remédio regular e há um bom tempo não procura médicos.

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Ao final da audiência, Adelio Bispo foi transferido para o presídio federal de Campo Grande (MS). Desde sábado, ele está isolado dos demais acautelados. A defesa alega que ele sofria de insanidade mental no momento do esfaqueamento. O caso segue em investigação pela Polícia Federal.

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