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PSDB decide que ficará neutro no 2º turno

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Após a confirmação de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) no segundo turno da disputa presidencial, a busca por apoios vem movimentando o noticiário nas últimas 48 horas. Assim, esta terça-feira foi de definições importantes. A principal delas foi a decisão do PSDB pela neutralidade, em anúncio feito à noite, pelo presidente nacional da sigla e presidenciável derrotado no atual processo eleitoral, Geraldo Alckmin (PSDB), que recebeu 5.096.349 votos (4,76%). “O PSDB decidiu liberar seus militantes e seus líderes. Não apoiaremos nem o PT nem o candidato Bolsonaro”, afirmou o ex-governador de São Paulo.

Assim, os tucanos liberaram seus diretórios e suas lideranças para caminharem ao lado de Bolsonaro ou de Haddad, a despeito dos embates eleitorais recentes protagonizados entre PT e PSDB. A decisão tucana pela neutralidade não foi unânime, colocando em lados opostos importantes lideranças partidárias. Ex-prefeito de São Paulo e um dos candidatos que avançaram para o segundo turno da disputa do Governo de São Paulo contra o atual governador Márcio França (PSB), João Dória se posicionou contrário ao caminho anunciado por Alckmin. “Eu tomei a minha posição com clareza. Voto e apoio Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições.”

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Outros partidos que declararam neutralidade no atual processo foram o DC, que lançou Eymael (DC) como candidato à Presidência da República; o Novo, que teve João Amoêdo como candidato a presidente; e o PP, que teve a senadora Ana Amélia como candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Alckmin. Outro partido que pode liberar seus filiados para posicionamentos individuais é o Solidariedade, que se reunirá nesta quarta-feira. Presidente do partido, o deputado Paulinho da Força (SP) disse, no entanto, acreditar que exista dentro da sigla uma maioria pró-Haddad.

Apoios

Outra decisão considerada de maior vulto foi a do PSB. Após optar pela neutralidade no primeiro turno, a sigla agora tomou posicionamento público em favor da candidatura de Fernando Haddad. Apesar de a orientação partidária, os diretórios do Distrito Federal – onde Rodrigo Rollemberg (PSB) enfrenta Ibaneis (MDB) no segundo turno da disputa pelo Governo – e de São Paulo – onde Márcio França enfrenta Dória – foram liberados para se posicionarem de forma independente. Segundo o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a sigla irá cobrar de Haddad a formação de uma frente democrática envolvendo, além de partidos políticos, atores da sociedade civil.

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A candidatura de Haddad ainda ganhou o apoio oficial de outras siglas como o PPL e o PSOL. Candidato à Presidência derrotado no primeiro turno, Guilherme Boulos (PSOL) declarou apoio “incondicional” à Haddad (PT) e afirmou que o Brasil está em uma encruzilhada entre a “democracia e o autoritarismo, entre a barbárie e a civilização”. No primeiro turno, Boulos teve 617.122 (0,58% dos votos válidos). Também é aguardada uma decisão do PDT, que disputou a Presidência com Ciro Gomes – que teve 13.144.366 votos e 12,47% da votação válida. A tendência é de que os pedetistas anunciem um “apoio crítico” a Haddad.

Por outro lado, Jair Bolsonaro conseguiu o apoio formal do PTB. Em nota assinada pelo presidente da sigla, o ex-deputado Roberto Jefferson, o partido considerou que as propostas da candidatura do PSL irá trabalhar para que o país volte aos trilhos do desenvolvimento social e econômico, e pela pacificação e união do povo brasileiro. Pelas redes sociais, o candidato derrotado à Presidência pelo Podemos, Alvaro Dias, afirmou que não vai apoiar Haddad, sem confirmar, no entanto, marchar ao lado de Bolsonaro. A decisão final de seu partido não havia sido anunciada até a edição deste texto. Dias obteve 859.601 votos, o que corresponde a 0,8% dos votos válidos.

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