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PJF quer empréstimo de R$ 420 milhões para obras de drenagem

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A prefeita Margarida Salomão (PT) encaminhou à Câmara Municipal de Juiz de Fora, nesta segunda-feira (9), um projeto de lei que pede à Câmara Municipal autorização para que o Município possa contratar um novo financiamento para o custeio de grandes obras de infraestrutura na cidade. Segundo a Prefeitura de Juiz de Fora, os recursos são necessários para o enfrentamento a problemas históricos de enchentes e alagamentos nos bairros Industrial, Santa Luzia, Mariano Procópio, Democrata, Linhares e na Rua Cesário Alvim.

Ao todo, o Poder Executivo pede que o Legislativo autorize a contratação de empréstimo no valor de R$ 420 milhões, que serão investidos em ações de macrodrenagem. “Nós estamos enfrentando essa tragédia climática. As cidades no mundo todo estão pagando um preço altíssimo por isso. A rigor, não tem nenhum município que esteja preparado para esses excessos. Nós fizemos uma avaliação criteriosa nestes locais para ver o que cada região precisa tanto de infraestrutura quanto de drenagem”, afirmou a prefeita.

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Margarida Salomão ainda comentou sobre a intenção de contratar o empréstimo estimado em R$ 420 milhões. Sobre o tema, a prefeita considera que o Município reúne as condições necessárias para adquirir a linha de crédito. “Hoje, Juiz de Fora possui uma excelente liquidez e estabilidade do ponto de vista fiscal e orçamentário. Isso nos dá garantia que poderemos fazer essas obras de grande envergadura. Nós vamos também tentar obter recursos junto ao Governo federal. Mas, enquanto isso, precisamos abordar imediatamente essas situações críticas”, disse.

Solução definitiva demandaria R$ 800 milhões, avalia prefeita

A prefeita lembrou que Juiz de Fora vem enfrentando períodos de muita chuva, acima das médias históricas. “Estamos entrando no dia 9 de janeiro e já choveu quase 40% do que era previsto para o mês inteiro. A gente vem em um processo de concentração das chuvas, que desafia gravemente a nossa infraestrutura.” Margarida ressaltou que o Município já vem agindo para tentar minimizar os problemas, lembrando a situação de emergência observada em várias cidades mineiras, inclusive na Zona da Mata. “Juiz de Fora não está (em situação de emergência) porque nós agimos, através de uma série de ações feitas anteriormente, como a dragagem do rio, a limpeza dos córregos, a limpeza das bocas de lobo e o lonamento em todas as áreas críticas definidas pela Defesa Civil. Vamos lidando com os estragos, mas, até o momento, graças a Deus sem nenhum problema extraordinário.”

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Margarida pontua ainda que o Município já vem investindo em obras com recursos do orçamento. “Obras como a da Várzea de Benfica, obras como a do Distrito Industrial, obras como o reparo que a gente está fazendo lá em Santa Luzia. Mas, em vários lugares, é preciso grandes investimentos estruturais, investimentos gigantescos, para resolver problemas para os próximos oitenta a cem anos.” Assim, a prefeita defende que os problemas observados nos últimos anos em bairros como Santa Luzia, Industrial, Linhares, Mariano Procópio, Democrata e na Rua Cesário Alvim são “situações que têm jeito”, desde que se faça “investimentos à altura da necessidade”.

Ainda de acordo com a prefeita, já existem os projetos para responder a essas necessidades. “Cada situação tem o seu encaminhamento, mas, pra isso, nós precisamos de obter esse grande financiamento que é da ordem R$ 420 milhões. É muito dinheiro? É! Ao mesmo tempo, é muito menos do que a cidade precisa.” Margarida pontua que, recentemente, o Município fez um levantamento e identificou que, para equacionar todos os problemas de drenagem da cidade, seriam necessários R$ 600 milhões. “Hoje, com a evolução dos preços, nós estaríamos precisando de alguma coisa como R$ 800 milhões.”

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