Servidores estaduais de várias categorias vão protestar nesta quinta-feira (9) por melhores condições financeiras e recomposições salariais com base em perdas inflacionárias acumuladas nos últimos períodos. Os profissionais também pleiteiam a retomada do pagamento integral de seus vencimentos até o 5º dia útil do mês subsequente ao período trabalhado e a confirmação do pagamento do 13º salário salários em dezembro. Uma manifestação está agendada para as 9h, na porta do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Para o mesmo dia, a Coordenação Intersindical dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de Minas Gerais está convocando uma paralisação de atividades que pode afetar a prestação de alguns serviços à sociedade, em especial na capital do estado.
“Estamos esperando uma boa adesão no protesto, em especial de profissionais da área da saúde. Mas outros setores também devem engrossar o movimento, como agentes penitenciários, policiais civis, servidores administrativos, do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), entre outros. O objetivo é o de trazer representantes das bases de alguns sindicatos para Belo Horizonte, mas a convocação da paralisação é estadual. Há categorias que estão há quatro anos sem reajuste”, afirma o diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Minas Gerais (Sindipúblicos) e coordenador da Coordenação Intersindical, Geraldo Henrique.
Geraldo destaca que os principais focos de descontentamento das categorias é, de fato, o escalonamento dos salários adotado pelo Governo de Minas Gerais desde fevereiro de 2016. A partir de então, servidores que recebem mais do que R$ 3 mil têm seus vencimentos quitados em duas parcelas, enquanto os que recebem quantia superior a R$ 6 mil têm os subsídios divididos em três vezes. A Coordenação Intersindical ainda questiona o não atendimento por parte do governador do Estado de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), ao ofício protocolado pelos sindicalistas, no último dia 2 de outubro, reforçando os pleitos por recomposição da perda salarial do funcionalismo público causada pela inflação, pagamento integral no 5º dia útil e pagamento do 13º salário.
Cerca de 35 sindicatos e entidades integram a Coordenação Intersindical que reúne representantes de servidores de áreas diversas como segurança pública, educação, infraestrutura, ciência e tecnologia, administrativa, meio ambiente, saúde, judiciários, legislativo, entre outros.