A despeito das marcas recordes, a disputa em Juiz de Fora não acompanhou um fenômeno observado no país. Isso porque, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as eleições de 2020 trazem um novo perfil e, pela primeira vez na história, os candidatos brancos não são maioria entre todos os colocados na disputa. No caso específico da corrida por cadeiras nas casas legislativas, pretos, pardos, amarelos e indígenas respondem por 51,65% das 512.986 candidaturas registradas em todo o país. Na contenda juiz-forana, todavia, tal realidade não é observada, e os brancos permanecem como ampla maioria entre os postulantes às 19 cadeiras da Câmara. Eles são quase 60% dos concorrentes registrados no sistema do TSE.
Candidatos a vereador por gênero
Com relação à distribuição das candidaturas por gênero, assim como em pleitos anteriores, a maioria é formada por homens. São 392 concorrentes do gênero masculino, que correspondem a 67% dos projetos apresentados ao eleitorado. As empreitadas femininas somam 191 candidatas, 33% do universo dos postulantes à Câmara Municipal. Na prática, este percentual superam em muito pouco o limite estabelecido pelas regras eleitorais que definem que os partidos precisam respeitar a reserva de 30% das candidaturas para mulheres. Assim como em eleições passadas, a representação delas na disputa parece limitada, de fato, à obrigatoriedade definida pela chamada cota.
Candidatos a vereador por faixa etária
Com relação à faixa etária, a maioria dos candidatos a vereador têm entre 35 e 50 anos, grupo que responde por 57% dos concorrentes. A maioria dos nomes colocados na disputa é de pessoas casadas: 51,5%. Com relação à escolaridade, cerca de um terço tem Ensino Superior completo (35,8%), e outro terço, Ensino Médio completo (34,5%). Assim, com base na frieza dos números, é possível dizer que o perfil médio dos postulantes ao Poder Legislativo de Juiz de Fora pode ser traçado como um homem branco, com idade entre 35 e 50 anos, casado e com, pelo menos, Ensino Médio completo.