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147 milhões de brasileiros vão às urnas para definir futuro

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O Brasil vai às urnas neste domingo (7) para decidir sobre o seu futuro e sobre quem recairá a responsabilidade de conduzir a gestão dos país pelos próximos quatro anos. entre 2019 e 2022. O pleito começa às 8h e termina às 17h e, ao todo, quase 147 milhões de eleitores – em Juiz de Fora são 397.841 – estão aptos a manifestarem seus desejos e suas opções para o comando da Presidência da República e dos governos estaduais, além dos nomes que ocuparão as cadeiras parlamentares no Senado, na Câmara dos Deputados e nas assembleias legislativas. Porém, no cenário nacional, mais do que quem será o presidente, também estará em jogo a possibilidade de fazer valer a democracia como processo de pacificação de país, que se mostra rachado, em uma disputa que, conforme indica pesquisas eleitorais, está dividida entre forças petistas e antipetistas, fugindo da antiga polarização entre o Partido dos Trabalhadores e o PSDB.

Ao todo, 13 nomes estão na disputa pela cadeira presidencial, comportando quadros de variadas matizes ideológicas: Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Eymael (DC), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL), João Amoêdo (Novo), João Goulart Filho (PPL), Marina Silva (Rede) e Vera Lúcia (PSTU). Uns mais e outros menos, todos protagonizaram uma disputa bastante peculiar e distinta das de anos anteriores, seja pela mudança das regras eleitorais – que reduziram pela metade os dias da campanha – ou seja pelo momento de desgaste da discussão política junto à população, algo latente no país nos últimos anos. De um atentado contra a vida de um candidato à negativa judicial para que um ex-presidente se colocasse como opção nas urnas, o atual processo eleitoral tem suas próprias singularidades.

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Tais peculiaridades devem por fim a um cenário que parecia imutável durante um hiato de 20 anos, entre 1994 e 2014. No período, todo o processo de disputa presidencial orbitou no entorno da gravidade, da capilaridade e da narrativa de dois partidos, PT e PSDB, que elegeu três presidentes da República: Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT). Tal protagonismo gerou desgaste e abriu espaço para um discurso antissistêmico, que parece ter sido absorvido pelos líderes nas pesquisas de intenção de voto, o deputado federal Jair Bolsonaro. À frente de todos os levantamento, o candidato do PSL é apontado como favorito por uma vaga no segundo turno e já adota, até mesmo, o discurso de que pode levar a faixa e alcançar o apoio de mais de 50% do eleitorado já neste domingo.

Se Bolsonaro parece marchar para o segundo turno ou para a vitória por um partido nanico – como Fernando Collor o fez pelo PRN em 1989 -, o controle da narrativa sobre qual o melhor projeto para o país na visão do eleitorado parece fugir da histórica polarização entre PT e PSDB. De acordo com o que mostra as últimas pesquisa, o Partido dos Trabalhadores ainda trabalha para avançar para o segundo turno com Fernando Haddad. Caso consiga, a despeito dos esforços de Ciro, Alckmin e Marina e da injustificável certeza da vitória previamente anunciada por Daciolo, por exemplo, o PT conseguiria salvar ao menos uma das tradições da história eleitoral brasileira desde a redemocratização que se deu após o hiato de 21 anos de ditadura militar, entre 1964 e 1985: a de sempre chegar ao segundo turno quando não há uma definição da disputa em primeiro, o que só aconteceu em duas oportunidades, em 1994 e 1998, quando FHC venceu as disputas incensado pela estabilidade econômica alcançada após a consolidação do Plano Real.

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Corrida no Estado deve ir para o 2º turno

Além dos candidatos da votação presidencial, 15,7 milhões de mineiros estão aptos para votar e deverão também escolher quem será o futuro governador de Minas Gerais, também pelo período de quatro anos, entre 2019 e 2022. Enquanto a polarização entre PT e PSDB parece ameaçada, há chances de a disputa entre os dois partidos se repetir no âmbito estadual, assim como ocorreu em 2014, quando o atual governador Fernando Pimentel (PT) levou a disputa no primeiro turno, deixando Pimenta da Veiga (PSDB) na segunda colocação. Segundo as mais recentes pesquisas eleitorais, dois velhos conhecidos do eleitor têm mais chances de avançar ao segundo turno: o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) e o próprio Pimentel, que corre pela reeleição.

A polarização, no entanto, pode ser ameaçada por um crescimento de última hora do empresário Romeu Zema (Novo) nas pesquisas de intenção de voto. Envolvido em seu primeiro processo eleitoral, Zema tenta se viabilizar como terceira via para se manter vivo na disputa, objetivo este compartilhado pelo outros seis candidatos: Adalclever Lopes (MDB), Alexandre Flach (PCO), Claudiney Dulim (Avante), Dirlene Marques (PSOL), João Batista Mares Guia (Rede) e Jordano Metalúrgico (PSTU).

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Duas vagas no Senado

Além do governador, os eleitores mineiros também vão às urnas para escolher dois entre 15 candidatos ao Senado, em disputa que envolve a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Os demais concorrentes são: Ana Alves (PCO), Bispo Damasceno (PPL), Coronel Lacerda (PPL), Dinis Pinheiro (SD), Edson André (Avante), Fábio Cherem (PDT), Carlos Viana (PHS), Kaká Menezes (Rede), Miguel Corrêa (PT), Duda Salabert (PSOL), Túlio Lopes (PCB), Rodrigo Pacheco (DEM), Rodrigo Paiva (Novo) e Vanessa Portugal (PSTU). Os mineiros também definirão, em disputa proporcional, os 77 nomes que comporão a próxima legislatura da Assembleia Legislativa e os 53 eleitos para a bancada do estado na Câmara dos Deputados.

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