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Encontro Regional do PMDB sinaliza candidatura de Bruno para Senado

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Marcado por discursos inflamados em defesa da ética na política, o Encontro Regional do PMDB, ocorrido na manhã deste sábado (7), na sede do partido em Juiz de Fora, apontou que é forte a tendência no partido para que na próxima eleição a sigla tenha candidatura própria para o governo estadual. Para o vice-governador Antônio Andrade, é necessário que o PMDB se imponha como a maior sigla do estado. “O partido tem um compromisso com Minas Gerais e não pode ficar a reboque de nenhum partido”, disse, defendendo a cisão com o PT. “Nós seremos os protagonistas no próximo pleito”, apostou o político, que também destacou a importância do prefeito Bruno Siqueira no atual projeto. “O Bruno tem uma missão muito forte. Talvez ele não vá terminar o mandato, porque o partido vai precisar dele”, pontuou, sem especificar o cargo.

Ao longo do encontro, que reuniu a militância e políticos da região, a possível candidatura de Bruno Siqueira para o Senado foi bastante comemorada. “Precisamos de representantes que possam nos honrar no Senado Federal, como Itamar Franco fez”, admitiu o prefeito de Juiz de Fora, apontado por diversas vezes como seguidor do ex-presidente. “Não me canso de dizer que o Bruno honra o PMDB e a juventude política do Brasil. O futuro dele chegou”, elogiou o deputado federal Rodrigo Pacheco, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, dado como nome certo à candidatura do governo estadual.

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Segundo Pacheco, falta representatividade de Minas Gerais no Governo federal, assim como falta espaço para o PMDB no estado. “Estamos a menos de um ano das eleições e temos a obrigação de não nos acovardarmos ano que vem, apresentando um projeto nosso para o povo mineiro”, defendeu, ressaltando, ainda, a necessidade de tolerância e unificação para que a política nacional se fortaleça. Ponto comum nas falas que se sucederam durante o evento, a urgência da ética na política foi anunciada em críticas à corrupção em Brasília.

Encontro reuniu o prefeito Bruno Siqueira, o vice-governador Antônio Andrade, e o deputado federal Rodrigo Pacheco (Foto: Fernando Priamo)

Tom crítico

Exaltado, o prefeito de Periquito, Geraldo Godoy, criticou a postura do Governo estadual em relação às prefeituras comandadas pelo PMDB, segundo ele trata-se de uma retaliação após a sigla ter se distanciado de Fernando Pimentel (PT). “O atual governo de Minas não respeita o PMDB, que foi quem deu a vitória. Se o partido fizer uma coligação com o PT é porque não temos vergonha na cara. Não podemos pensar nisso. Os maiores somos nós. Nós é quem damos votos”, manifestou, diante de aplausos calorosos, o que reafirma a tendência da candidatura própria, proposta contrária à desejada pelo deputado Adalclever Lopes, presidente da Assembleia Legislativa, nome ausente no encontro.

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“Não pertenço ao PMDB de Geddel Vieira Lima, de Michel Temer. Pertenço ao PMDB de Bruno Siqueira, de Rodrigo Pacheco, de Toninho Andrade. O PMDB da corrupção não é o nosso”, bradou o deputado estadual Isauro Calais, filiado ao partido em fevereiro de 2016, regressando, então, à sigla na qual iniciou sua carreira política. “Precisamos fazer a discussão política, porque não podemos continuar sendo tratados como bandidos. Enfrentei a baioneta dos quartéis na ditadura militar e hoje enfrentamos as canetadas dos juízes”, criticou Antônio Júlio, ex-deputado federal e ex-prefeito de Pará de Minas, caracterizando o período atual como “ditadura da toga”, termo também utilizado por Rodrigo Pacheco.

Cenário nacional

Dizendo tranquilizar a militância, o vice-governador Antônio Andrade negou ter recebido quaisquer propinas da JBS, como alardearam as planilhas da empresa. “Não recebi um centavo sequer da JBS. Não assinei nada enquanto fui ministro (da Agricultura). Não que eles não estivessem lá. Eles estavam, mas expulsei Ricardo Saud do gabinete”, afirmou o atual presidente do PMDB em Minas. Segundo o lobista Saud, executivo da empresa da família Batista, Andrade é um dos políticos, ao lado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que receberam aproximadamente R$ 8 milhões em repasses.

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Também voltando-se para o cenário nacional, Rodrigo Pacheco mais uma vez defendeu a escolha do nome de Bonifácio Andrada (PSDB) para a relatoria da nova denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça que preside. De acordo com Pacheco, diferente do que está sendo colocado em xeque, sua decisão não é uma questão partidária, mas uma consideração pela importância e conhecimento jurídico do político mineiro. “Não pude desconsiderar o homem que ele é”, pontuou.

 

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