As movimentações da Prefeitura de Juiz de Fora que podem resultar em um recrudescimento das medidas restritivas de combate ao contágio do novo coronavírus repercutiram nas diversas esferas da cidade. A possibilidade da cidade regredir para a onda vermelha do programa Minas Consciente já na próxima segunda-feira (7), por conta da piora nos indicadores que monitoram a doença, levou a manifestações públicas de vários atores e a protestos do setor de entidades que representam comerciantes. Prefeita eleita, a deputada federal Margarida Salomão (PT), também se manifestou por meio de nota enviada por sua equipe. A parlamentar ressaltou que as decisões de momento passam pelo crivo do atual prefeito Antônio Almas (PSDB), titular do mandato até o dia 31 de dezembro.
“O retorno à onda vermelha foi uma decisão do atual Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19, sob a administração do prefeito Antônio Almas, com base nos atuais dados da evolução da pandemia no município e a capacidade de atendimento do nosso sistema de saúde. A equipe de transição está trabalhando na atualização de todos os dados e, quando assumirmos o governo, vamos reavaliar as decisões, priorizando a segurança sanitária e buscando alternativas para reduzir os impactos econômicos e sociais”, diz a nota.
Com a atual e a futura administração já trabalhando em um processo de transição para formalizar a sucessão municipal, o prefeito Antônio Almas havia deixado em aberto a possibilidade da futura chefe do executivo Municipal indicar representante para participar das reuniões do comitê que monitora a situação do coronavírus em Juiz de Fora. Ao menos em um primeiro momento, o grupo da deputada federal Margarida Salomão declinou da possibilidade, segundo informações de integrantes do atual governo.