Reunidos em assembleia no Ritz Hotel, na tarde desta quarta-feira (4), professores da rede municipal de ensino votaram pelo indicativo de greve. A medida sinaliza à Prefeitura a intenção de o magistério paralisar novamente as atividades por tempo indeterminado, caso não seja atendido o pedido de recomposição salarial de 10,67%, considerando o IPCA de 2015. A categoria quer ainda o pagamento do reajuste retroativo ao mês de janeiro, mês da data-base. Os docentes irão paralisar as atividades no dia 10 de maio, aderindo ao Dia Nacional de Luta, convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), e no dia 12, em paralisação local, com assembleia no Ritz Hotel.
Segundo a coordenadora do Sindicato dos Professores (Sinpro), Maria Lúcia Lacerda, a categoria havia conseguido avançar em algumas simulações para pagamento do reajuste de forma parcelada. No entanto, na última reunião com o Executivo, segundo o sindicato, foram apresentados alguns questionamentos pela Prefeitura (PJF) para se firmar a recomposição, justificando que a Lei Eleitoral proíbe o aumento da remuneração em até 180 dias antes da disputa para o cargo de prefeito. A categoria alega que a proibição é referente a ganhos reais, ao contrário da revisão anual que é garantida pela Constituição.
Em nota, a PJF informa que está em negociação com o sindicato, a fim de atender às reivindicações da categoria, considerando a legislação vigente e as capacidades orçamentárias e financeiras do Município, já tendo apresentado outras propostas anteriormente e realizado 13 reuniões até então. A Administração diz que permanece aberta ao diálogo com o sindicato da categoria. Uma nova reunião está prevista para hoje. A Prefeitura reforça, ainda, que a reivindicação em relação à promoção por mérito dos secretários escolares já foi atendida, com a portaria autorizando a nomeação dos servidores tendo sido publicada no último sábado (30), garantindo aumentos de até 69% nos vencimentos para os aprovados.