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Mesa decide acatar veto de prefeito contra aumento de salários

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Atualizada às 19h20

A mesa diretora da Câmara Municipal, em reunião na tarde desta quarta-feira (3), decidiu pela aprovação do veto do Executivo ao reajuste. A decisão foi anunciada nesta quarta pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB) sob o argumento da crise financeira que afeta o setor público. Os parlamentares, no entanto, irão se posicionar para garantir que servidores do Município tenham a recomposição inflacionária do período, em respeito ao artigo 40 da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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“Concordamos com alguns argumentos do prefeito, mas vamos nos posicionar não só ao lado dos servidores do Legislativo como também dos servidores da administração direta e indireta vinculados à Prefeitura, incluindo os professores. Vamos exigir que se cumpra a LDO, que foi proposta pelo próprio Executivo, e prevê recomposição inflacionária”, disse o vereador Rodrigo Mattos (PSDB), presidente da Casa.

Em entrevista à Tribuna, Bruno disse que a medida foi tomada a partir da dificuldade dos municípios diante do cenário econômico do país. Ele afirma que o projeto de lei foi uma surpresa para a Administração. “Fomos surpreendidos com a notícia deste aumento na Câmara, neste momento de crise financeira nacional, afetando a todos os municípios. Acredito que os agentes públicos precisam dar o exemplo, assim como não haverá reajuste nos salários do prefeito e dos secretários. A gente fará para que a Câmara faça a reflexão do momento que o país está vivendo e possa avaliar melhor o aumento no salário dos vereadores”, disse.

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De acordo com o prefeito, houve tranquilidade para vetar a proposta, uma vez que a decisão não havia sido anteriormente informada ao Executivo. “Todos os projetos de lei que a Prefeitura encaminha à Câmara são negociados, debatidos, para posterior aprovação ou não. E este não foi conversado com o Legislativo. Estamos muito tranquilos em fazer este veto”, disse. Bruno reiterou algumas medidas de austeridade nas contas do município, destacando ainda o reajuste zero para os servidores comissionados.

O veto do prefeito Bruno Siqueira ao aumento do salário dos vereadores foi comunicado no início da tarde desta quarta-feira. A informação foi passada pela assessoria de comunicação do gabinete do Executivo e havia sido adiantada no Painel da Tribuna de hoje.

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O reajuste de 8,17% havia sido aprovado na Câmara na última sexta-feira (29). Com a correção, correspondente ao IPCA acumulado entre maio de 2014 e abril deste ano, a remuneração bruta dos parlamentares passaria dos atuais R$ 15.031,76 para R$ 16.259,25.

A decisão de Bruno poderia ser derrubada pelos vereadores. Para isto, seriam necessários, no mínimo, dez votos contrários ao veto. Até agora, quatro vereadores – José Fiorilo, Roberto Cupolillo (Betão), José Márcio Garotinho  e Jucelio Maria – já abriram mão do benefício.

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